Divino Pai Eterno, Trindade está ficando sem água!
Crise
hídrica inédita
pode
até
levar
o prefeito a decretar calamidade pública em Trindade
Trindade: Montagem de fotos do Córrego Arrozal que está secando. |
Baixa vazão do Córrego Arrozal neste período de estiagem, aliado ao elevado consumo de água, sobretudo por produtores rurais, aliado ao fato de que as famílias parece enfrentarem dificuldades para diminuir a utilização de água no dia a dia, definem a atual conjuntura de uma inédita crise hídrica (eufemismo para não dizer seca) que pode levar o prefeito de Trindade a decretar calamidade pública no município em razão da escassez de água.
Previsão
de chuva mais confiável para a "Capital da Fé" aponta
para possível precipitação somente lá pelo início do mês de
outubro, ou seja, daqui a nove
dias ainda. Já existem, convém lembrar, até correntes de orações
pedindo chuva, circulando em grupos no Whats
App.
O caso é sério e preocupa a todos, não dá para negar. Se
bem que nesta sexta-feira o céu amanheceu cinzento, animando os
trindadenses que estão ansiosos por verem água caindo do
firmamento.
Em nota divulgada na segunda-feira (18), a Prefeitura afirmou que
“acabou
a
água” no Córrego Arrozal, “que
praticamente secou”
e a Saneago enfrenta
“enorme dificuldade para abastecer” os
lares nos bairros mais elevados da cidade. Por conta disso, diversos
moradores reclamam bastante que a falta de água tornou-se uma
indesejável rotina nas últimas semanas.
A
equipe do prefeito municipal está trabalhando na busca de
informações técnicas a fim de subsidiar a decisão de decretar
calamidade pública, o que pode facilitar a adoção
de medidas paliativas principalmente no tocante à contratação
de caminhões pipa com o objetivo de abastecer prioritariamente
hospitais,
escolas e demais logradouros públicos, dispensando o cumprimento
rotineiro aplicável nas contratações por meio de licitações, por
exemplo.
Nos
bastidores da política percebe-se uma certa "pressão muito
grande para que Trindade seja integrada urgentemente ao sistema do
Ribeirão João Leite e, neste sentido, a decretação de calamidade
pública pode ajudar", ouvi de uma fonte ligada à Administração
local. Essa medida é o que seria capaz de normalizar o abastecimento
de água na cidade.
Até
o
fechamento desta notinha não havia sido anunciada nenhuma decisão
mais concreta da administração municipal a respeito dessa possível
decretação de calamidade pública em Trindade.
Saneago
Por
e-mail, fizemos contato com a Saneamento de Goiás S/A (Saneago), no
dia 15 de setembro e reiteramos a mensagem no dia 19, tentando obter
algumas respostas, mas o pessoal lá é muito seletivo e não repassa
informação para qualquer um não, apenas para os bons e chegados da
turma.
As
perguntas encaminhadas à assessoria de imprensa da Saneago e que
acabaram sem respostas até agora são essas que seguem abaixo:
O
Córrego Arrozal está com pequena vazão, quais medidas foram
adotadas para garantir a continuidade normal do fornecimento de água
na cidade?
Alguns
bairros em áreas mais elevadas de Trindade (Sul e Redenção) há
moradores reclamando de falta de água, isso procede?
Parte
de Trindade é abastecida pela água captada no Córrego Arrozal,
conforme foi noticiado por vocês, qual é essa a proporção em
relação ao total?
A
outra parte é abastecida com água do sistema João Leite?
Ao
longo do Córrego Arrozal existem captações de água por indústrias
ou produtores rurais? Se sim, isso tem autorização legal?
Fotos: Reprodução de fotos divulgadas no Whats App.
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