De olho no preço do peixe em Trindade
Eli Antonio, feirante há mais de 22 anos em Trindade: Vendendo o Pintado legítimo. |
Já
que havia destinado a manhã deste domingo para fazer a feira, resolvi prestar
mais atenção aos preços dos peixes. Afinal, estamos na quaresma, época em que o
consumo desse tipo de carne tende a aumentar bastante. Pelos menos é o que a
gente ouve falar muito por aí.
É
que os católicos que guardam as leis da Igreja diminuem o consumo de carnes de
gado e de porco, principalmente às quartas-feiras e sextas-feiras. Claro, há
aqueles que se abstêm completamente de se alimentar de quaisquer carnes, mas existem
outras pessoas que optam por comer peixes ou ovo frito, sei lá.
No
meu périplo pelas bancas da Feira Livre de Trindade encontrei-me com o feirante
Eli Antonio. Ele trabalha em Trindade há 22 anos sempre vendendo peixe. Ao se
aproximar da banca do Eli o freguês é saudado efusivamente por aquele experiente
comerciante: Olha, o pintado, freguês! E esse é pintado de verdade, avisa o
dono da banca.
Penso
ter entendido a mensagem na hora, pois me lembrei de haver assistido recentemente
a uma reportagem em telejornais de emissoras goianienses denunciando que há
lugares vendendo parte do coxão duro como sendo picanha. Isso lá em Goiânia. O
consumidor incauto acaba, no caso, lesado. Logo, talvez haja vendedor dizendo
que o peixe é pintado, mas não seja o Pintado de verdade. Continuemos, pois.
Segundo
Eli Antonio, feirante que mora em Goiânia, mas vende o peixe dele na “Capital
da fé” há mais de duas décadas, as vendas neste período de quaresma tendem a
aumentar “entre 20% e 30%, no máximo”. Particularmente, pensava eu que os
comerciantes de peixes em feiras iguais à de Trindade conseguiam vender bem
mais, viu? Mas isso aí já está de bom, concorda comigo não, internauta
ganancioso?
Na banca do Eli Antonio havia Pintado de vários tamanhos. E Pintado de verdade, segundo o feirante. |
O
peixe mais barato na banca do Eli, neste domingo, estava sendo a Caranha, por
R$ 10 o quilo. E de lá mesmo o freguês já leva o produto fatiado. É só chegar
em casa, temperar e levar à panela. Daí, lógico, para a mesa, e bom apetite! O
pintado era o peixe mais caro na ocasião: R$ 25 o quilo. Agora, se o consumidor
pedir pedaços cuidadosamente picados na serra de fita, o preço sobre para R$ 30
o quilo! Salgou demais, né?
Com
preços semelhantes, fica difícil manter um cardápio rotineiro baseado no
consumo de peixe, imagino. A coisa combina melhor mesmo é com o almoço dominical.
De qualquer forma, é sempre bom ficar ligado no quanto está custando o “peixe
nosso do domingo”. E assim dei por encerrada minha andança pela feira de hoje.
Talvez no próximo fim de semana a gente repita essa aventura. É isso aí!
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.