Domingo é dia feira também

Vista geral da feira livre de Trindade neste domingo.


As pessoas costumam dizer que sábado é dia de sol, domingo é dia de missa e segunda-feira é dia de preguiça. A voz do povo é a voz de Deus, há quem jure isso por aí. Quem sou eu, amigo internauta, para botar em duvida a sabedoria popular? Desde já então aviso que concordo com as duas afirmações, mas gostaria de salientar que, em Trindade, o domingo é também dia de feira. No caso, feira livre mesmo. Aquela na qual se faz compras sobretudo para abastecer a despensa ou freezers e geladeiras da casa da gente com uma variada gama de itens alimentares.
          Talvez não haja lugar melhor para se comprar verduras, legumes, folhas (alface, couve, acelga...), mandioca, guariroba (gueroba, uái!), frutas diversas, e tudo tipo assim, fresquinho mesmo, do que na feira livre. Mas a variedade de produtos ofertados pelos feirantes hoje em dia é muito grande. Há inúmeras bancas de carnes bovina, suína, de aves e peixes. Outro tanto de comerciantes vendem queijo e requeijão da hora mesmo. Uma delícia!
          Farinha de milho, de mandioca, uma série de produtos derivados são encontrados outrossim. Café moído ali na frente do freguês, é outra coisa formidável, diga-se. Mulheres habilidosas oferecem toda sorte de biscoitos, quitandas, enfim, prontinhos em saquinhos de plástico. É só pagar, levar pra casa e degustar. Ê vida difícil essa de hoje em dia, né não?
          Importante destacar aquelas bancas que vendem caldos de mocotó, de peixe, de mandioca, de frango e feijão. Estes 2 misturados levam o nome de franjão. Ó, tem amigo meu que  é mais fácil não ter feira do que o sujeito ficar sem ir até lá para degustar caldo de mocotó logo no início da manhã de domingo. É, claro, questão de gosto que não se discute e não o farei aqui de maneira alguma, ora pois. Viva a diversidade de paladar!
          As bancas de venda de pastel estão sempre abarrotadas de gente. É incrível, mas é difícil pensar em feira livre sem que venha à memória o pastel frito acompanhado de caldo de cana, a garapa, vá lá. É tudo de bom! Pastel de carne bovina, de frango puro ou com guariroba, que mussarela com presunto, menino de Deus, é show de bola!
          Os comerciantes incrementaram a lista de produtos ofertados nas feiras e passaram a comercializar aquelas bugigangas made in China, além dos indefectíveis CDs e DVDs piratas, evidentemente. Não faltam obviamente itens de confecções tanto para homens, mulheres e crianças. Olha, o sujeito com dinheiro para gastar encontra quase de um tudo nas feiras livres, especialmente na feira de Trindade, ao lado da Rodoviária, na quadra formada pelas Avenidas Manoel Monteiro e Francisco Paulo Ramos, com as Ruas 11 (da Celg) e 13.
          Um serviço que a atual administração municipal, penso, deverá dispensar um pouco de sua atenção tem a ver com a reforma geral do espaço destinado à feira livre de domingo. Aquele local está precisando de readequação e já faz tempo. Inclusive, imagino também, deveria organizar melhor no tocante ao acondicionamento do lixo decorrente da atividade. Terminada a feira, ali por volta das 13h, Divino Pai Eterno!, é tanta sujeira que dá medo na gente.
          Terminando, além da pessoa fazer as compras de alimentos para a semana, o mais importante, é possível se encontrar, reencontrar, rever, vários amigos que fazem da ida à feira de domingo, sem exagerar na dose, um compromisso de vida. 

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