Considerações sobre candidaturas a deputado estadual e federal para 2014

Nos bastidores da política trindadense fala-se demais em nomes de possíveis candidatos a deputado estadual e até a deputado federal, nas eleições de outubro do próximo ano. Especulações são muitas e na maioria, de gente da base de apoio do prefeito Jânio Darrot (PSDB). Estando no governo os caras acham que a visibilidade do cargo ocupado é um pontapé inicial para qualquer candidatura.

Há pessoas, principalmente os neófitos na política, pensando que fotinhas em jornais, revistas ou mesmo outdoors é o suficiente para o sujeito se lançar candidato seja lá a que cargo for. Nessa batida tem cara que sempre dá um jeito de ficar naquela posição de papagaio de pirata quando alguma figura mais importante está sendo entrevistada. Afinal, o que se quer é aparecer na foto e nos segundos de uma matéria nos telejornais. Simplificação demais de uma coisa complicada que é a disputa de toda campanha eleitoral, imagino.

Sempre há os interessados na disputa das eleições municipais lá em 2016, mas uma candidatura a deputado agora pode funcionar como um cartão de visita do político pouco conhecido ao distinto público votante. Assim, o sujeito vai construindo ou reafirmando sua imagem junto ao eleitorado. É claro, uma estratégia que pode dar certo. O fato mesmo, penso, é que ainda que vários secretários municipais ou vereadores estejam falando em candidaturas a deputado no ano que vem, a coisa ficará em um ou dois nomes que irão disputar de verdade cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás e na Câmara dos Deputados em Brasília.

Hoje em dia não se disputa mais qualquer eleição contando apenas com o bom nome e um excelente currículo. É preciso ter recursos para tocar a campanha. Apoio político, evidentemente, mas sobretudo dinheiro, vale dizer. Nem uma candidatura a vereador escapa dessa realidade. Ainda mais entrar numa disputa para deputado. É muito difícil o sujeito admitir que gastou horrores nas eleições para conseguir se eleger, mas é fácil perceber que a coisa custa caro. Afinal, carros de som, jingles, impressos, cabos eleitorais remunerados, gasolina, óleo diesel, etanol, essas coisas não caem do céu.

Sem a estrutura possibilitada pelos recursos acima mencionados é muito difícil o sujeito chegar à vitória na eleição, mas o impossível acontece. Talvez por isso sempre há candidatos cheios de fé em si mesmos em todo pleito. E a onda de manifestação popular “contra tudo que está aí” dos últimos meses certamente vai impulsionar o surgimento de candidatos tentando surfar essas águas. Particularmente, não acredito muito no êxito de candidaturas com este perfil, mas política é feito nuvem, você olha e ela está de jeito, olha de novo e está tudo diferente.

Finalizando, se muita gente especula sobre nomes, vou arriscar meu palpite por aqui também. E já aviso que não detenho qualquer informação privilegiada, apenas penso em cima do que a gente enxerga na atual conjuntura política da “Capital da fé”. Para deputado estadual não ficarei surpreso nem um pouquinho caso seja lançada a primeira-dama Daírdes Darrot como candidata. Enquanto isso, já ouvi falar também que o vice-prefeito Gleysson Cabriny pretende concorrer a uma das 17 vagas que Goiás tem na Câmara dos Deputados. Seriam esses os dois nomes da chamada base de sustentação tanto do governador Marconi Perillo, como do prefeito Jânio Darrot. Aguardemos...

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