O serviço público de Saúde precisa melhorar para atender melhor o usuário, eis um belo desafio dos dias atuais.
As horas, os dias, as semanas, estão passando rápido demais da conta!
Novidade alguma nisso aí. A dinâmica da vida na base da comunicação virtual,
instantânea, em tempo real, em que o fato vira notícia enquanto está
acontecendo, envelhece o assunto de um dia para o outro. Quer dizer, o
escândalo de ontem é passado e todos prestam atenção mesmo no que está sendo
contado agora mesmo. Principalmente nesta época das chamadas mídias sociais
(twitter e facebook, sobretudo) intensamente utilizadas e ao alcance do click
no computador e celular de qualquer um, onde quer que o sujeito esteja sob o
sinal de uma operadora, bem entendido.
Mas há um forte complicador nisso tudo aí. Parece que tem tanta
informação circulando que as pessoas ficam meio anestesiadas diante do
noticiário daqui e das estranjas também. Basta notar a existência de problemas
que continuam do mesmo jeito e pouca gente se preocupa em buscar solução. O
tempo urge, senhoras e senhores. Talvez já esteja passando da hora mesmo do
distinto público pagador de impostos “mostrar seu valor”, não apenas em
manifestações durante caminhadas portando cartazes com inscrições plenas de
indignação cívica, mas depois todos retomam suas vidas e a vida segue como
dantes ou como sempre.
Veja, por exemplo, a questão do funcionamento do serviço público de
Saúde. A coisa vai mal pra tudo quanto é lado. Não dá pra acreditar que não
tenha solução. Tem sim, uái! O que acontece é que certamente alguém ou um grupo de
pessoas, físicas e jurídicas, deve estar se dando muito bem com o atual estado
de coisas. Hospitais públicos com atendimento ruim demais da conta, postos de
saúde em prédios horríveis, médicos, enfermeiros, pessoal administrativo,
enfim, ninguém satisfeito. Os usuários então, nem se fala. É gente doente,
machucada, à espera de atendimento em macas nos corredores, conforme vemos pela
imprensa dia sim e outro também. Mulheres grávidas parindo em corredores de
unidades de atendimento de Saúde ou em carros. A situação não pode piorar mais
para que autoridades e sociedade percebam que resolver isso é prioridade
absoluta.
E a polêmica surgida pela chegada de médicos
cubanos para trabalhar no Brasil não pode se sobrepor ao fato de que o serviço
público de Saúde, nas três esferas de poder, precisa melhorar muito ainda e o
foco tem que estar no atendimento ao usuário. Penso ser necessário melhorar a
gestão em todo o sistema, evidentemente. Isso desde os Postos de Saúde da
Família, hospitais, Secretarias e o Ministério, é lógico. Claro que haverá de
se discutir salários dos trabalhadores da área, mas só isso não vai resolver a
situação complicada. Vão ter que aprimorar controles de gastos que começam nas licitações,
é indiscutível. Agora, essas coisas não podem mais ficar apenas na promessa. Alguém
precisa iniciar as mudanças no sistema, de novo, mirando o atendimento ao
usuário. Fora disso, ouso acreditar, é só conversa mole pra boi dormir. Ou será
que estou aqui a escrever bobagens, exagerando apenas? Acho que não!
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