Generalidades a respeito de roubos de pneus de estepe.
Conversando com dois amigos meus nesses dias, fique sabendo
deles que ambos foram vítimas de ações dos “amigos do alheio”. Vocês sabem, né?
É isso aí, meus amigos foram roubados. E o ponto em comum no infortúnio dos
meus chegados, produto do roubo, foram pneus de estepe dos respectivos carros.
Ah, sim! Um amigo mora em Goiânia, outro, em Trindade mesmo.
Um dos meus amigos tem um caminhonete. E a gente agora sabe
como é que os ladrões adoram roubar pneus de estepe desse tipo de veículo.
Cross Fox, Eco Esporte, Fiat Strada, Saveiro, enfim esses carros cujos pneus de
estepe ficam expostos facilitam demais da ação dos larápios. Mas os caras não
perdoam, na verdade, é nenhum tipo de veículo. Quando eles querem o que é dos
outros para si, nada lhes mete medo ou receio.
Veja, a propósito, que hoje dia são abundantes os relatos de
vítimas de roubos em plena luz do dia. Os ladrões não estão nem aí. Vão assim,
na cara dura, à noite ou de dia, desarmados ou de arma em punho, em local
público ou nem tanto, com ou sem equipamento de vigilância eletrônica, tenha
cerca elétrica ou não, os malas não se intimidam, entram em ação, botam o
terror e na maioria das vezes fica por isso mesmo.
O outro meu amigo que mora em Goiânia e teve roubado o pneu
de estepe de seu carro e até ouviu a sugestão de ir a uma das filiais da “Robauto”
comprar outro pneu com roda e tudo o mais, por um precinho camarada. Ah, tá!
Robauto, né? Que raio de empresa é essa e onde funciona? Não, amigo internauta
de outras plagas, os goianos bem-humorados apelidaram lojas ou ferro velhos que
vendem peças usadas e novas de carros em Goiânia, de Robauto. O termo é
autoexplicativo.
O meu amigo, indignado, preferiu ficar na dele. “Perigava de
ir à Robauto e comprar o meu pneu de
estepe roubado”, me revelou chateado, o meu amigo da capital. E curiosamente várias
pessoas em conversas informais falam a respeito dessa possibilidade. O sujeito tem
o dissabor de ter roubado, digamos, o som do seu carro. Aí, pensando em ser
muito esperto, o cara vai até uma das unidades da Robauto e encontra um
aparelho semelhante ao que lhe foi surrupiado. Que terrível coincidência um
negócio desses, né não?
Agora, o fato curioso quando penso numa coisa dessas, tem a
ver com o seguinte: por quê a gente convive tranquilamente com esse tipo de
situação? Se os caras roubam pneus de estepe é porque tem gente interessada na
compra do produto roubado. Ou o cabra vai correr o risco de roubar algo que
ninguém vai querer pagar por ela? Claro que não.
E não se pode dizer que a polícia
dê tréguas para esse tipo de atividade “comercial”. A imprensa divulga com
certa regularidade ação policial aqui e acolá em estabelecimentos suspeitos de vender
mercadoria roubada. Ou seja, tenta-se combater a receptação, mas quando há
muita gente disposta a comprar a mercadoria de origem duvidosa, cujo preço,
lógico, acaba sendo atrativo, tem-se uma batalha dentro de uma guerra perdida.
Será que exagerei? Suspeito que não, internautas amigos.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.