Outras dificuldades à vista para o prefeito Jânio Darrot.



Formar equipe de trabalho nunca foi uma coisa das mais fáceis mesmo para qualquer líder, seja na iniciativa privada, seja lá no setor público. Encontrar a pessoa certa para o lugar adequado é sempre uma tarefa que raramente se completa, digamos, com eficiência e rapidez ao se considerar a exiguidade de tempo. Considero aqui a duração do mandato, no caso, do prefeito, de 4 anos. E só lembrando, o primeiro ano já está a 71 dias de seu final. É, o tempo voa.
O fato é que a reforma administrativa proposta pelo prefeito Jânio Darrot (PSDB) foi aprovada pelos vereadores da “Capital da fé”, sem que isso possa ser considerada uma surpresa por seu ninguém. E a nova estrutura que a lei aprovada estabelece para a Administração da Prefeitura de Trindade cortou não apenas Secretarias e Superintendências (baixando de cerca de 30, no passado, para apenas 4 doravante), mas também reduziu bastante a quantidade de cargos comissionados.
Gente melhor informada do que este blogueiro sobre esses assuntos da gestão municipal afirma que havia, mais ou menos, uns 1,2 mil cargos comissionados na estrutura da Prefeitura de Trindade. No novo contexto, esse número deve girar agora ao redor de 300 vagas. E os cargos comissionados funcionavam como um instrumento para se contemplar os aliados na Administração. A tal da governabilidade tem passado pela nomeação de aliados para cargos em comissão. Só em Trindade? Lógico que não. Parece que isso é uma prática por esse Brasil de meu Deus, nos seus 5.570 municípios.
Logo, alguém vai ficar de fora novamente, pois o cobertor foi ainda encurtado mais ainda. E aliado contrariado começa a exercer o tipo de oposição velada, na própria base, o que acaba enfraquecendo politicamente qualquer administração. Bom, talvez isso não venha ocorrer na gestão do prefeito Jânio, mas a possibilidade existe. A não ser que se consiga atender aos pedidos dos aliados de outra forma. Afinal, política é como nuvem. Você olha e está de um jeito. Olha de novo, e tudo já mudou. Quem dizia isso era o Magalhães Pinto (1909-1996), político de Minas Gerais.
Não custa nada a gente ficar observando o panorama da política local para ver como é que as coisas vão se ajeitando no final deste primeiro ano da gestão de Jânio à frente da Prefeitura da “Capital da fé” dos goianos.
 

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