A banalização de assaltos a mão armada em Trindade.


Que assaltos viraram acontecimentos rotineiros, banais até, hoje dia, ninguém duvida. No entanto, vez por outra surge alguma autoridade na imprensa dizendo que a tal da violência urbana está sob controle “no” Goiás. No mínimo, a gente pode questionar quem diz um trem desses, né? Talvez tudo esteja indo muito bem, no melhor dos mundos, mas lá longe daqui, infelizmente.

Só para se ter uma ideia, dia desses o ex-vereador Marcelo Curicas estava reclamando no facebook por ter sido vítima de assalto a mão armada por, segundo ele, dois pivetes. E isso no local onde ele mora há muito tempo e conhece Deus e o mundo por lá, na região leste de Trindade. E os relatos sempre mostram que os caras agem assim na maior tranquilidade, em público mesmo, tanto faz estar de dia, sob o sol, ou à noite, no meio de muitas pessoas. Ousadia pura.

Ontem à noite ouvi da vereadora Tia Aninha (PTB) que ela também foi assaltada no final de semana, quando estava acompanhada de um amigo pastor evangélico. Os caras não levaram o celular da vereadora porque ela pediu. O que, segundo os entendidos em segurança, não se deve fazer quando se está sendo assaltado. É melhor entregar rapidamente tudo o que os malas querem e sair da situação imediatamente. Negociar com assaltantes durante o assalto não é o melhor a se fazer.

Agora à tarde alguém me contou que numa cidade de um estado qualquer, nada a ver com Trindade, a “Capital da fé”, evidentemente, assaltaram uma empresa de bebidas. Os caras chegaram, anunciaram o assalto na maior calma, sem correria, pegaram a grana do caixa e obrigaram alguém a acompanhá-los à casa do proprietário da firma e lá concluíram outra etapa da jornada criminosa. É complicado isso, né? Aí vem alguém afirmar que a coisa está sob controle? Talvez até esteja sob controle, mas não do serviço público de segurança. E isso é alarmante.

Que a polícia esteja mais presente nas ruas e avenidas das cidades, seja lá em que hora for, tanto melhor. Agora, a legislação penal é muito branda com quem rouba, assalta, sequestra, estupra e mata. E isso, penso, porque a sociedade brasileira não liga muita importância à segurança pública não. Veja que esse assunto nem faz parte dos debates políticos recheados de temas econômicos e de distribuição de benefícios sociais. E o pior é que a situação está ficando mesmo absolutamente descontrolada. O cidadão comum, feito este blogueiro, está ficando a cada dia que passa com mais medo de tudo. Ou estou aqui exagerando demais falando assim?

Comentários