A banalização dos homicídios em Goiás enquanto policiais civis permanecem em greve.


Dados oficiais mostram que em terras goianas, nos últimos doze meses, houve espantosa e amedrontadora elevação de 28% no número de homicídios, catapultando Goiás para a indesejável 5ª colocação entre os estados brasileiros onde essa modalidade criminosa tem maior incidência. Na mesma direção, convém lembrar a manchete na edição de sábado (2), do jornal O Popular: Violência recorde na capital 496 homicídios em 10 meses.

Daquela data da publicação do jornal até agora, certamente uma série de assassinatos já ocorreu “no” Goiás. Infelizmente, diga-se. Na terça-feira (5), mataram um policial civil, em Goiânia. Segundo o noticiário, o autor foi um jovem de 22 anos que depois do crime efetuado se meteu em um Motel em Senador Canedo, numa comemoração regada a sexo, bebidas e drogas. A motivação para matar quem aparecesse foi o desejo de testar uma pistola calibre ponto 40.

Claúdio Gonçalves Dias, 44 anos, policial civil goiano, era o homem errado na hora errada e acabou assassinado por que alguém resolveu brincar de deus e decidir nas ruas goianienses quem devia viver ou morrer por suas mãos. Simples assim. A vida humana está sofrendo depreciação social. (Existe mesmo uma coisa dessas?) Está valendo pouco demais da conta.

Sábado (9) à noite, no setor Real Conquista, em Goiânia, outro policial civil, neste caso, aposentado, de 54 anos, foi assassinado. E no momento do crime ele estava com um filho de 6 anos nos braços. Pensa bem que frieza o assassino demonstrou ao agir dessa forma. Ah, sim, o autor teria pedido para a vítima se separar da criança que acabou sendo alvejada e encontra-se internada no Hospital de Urgências de Goiânia em estado grave. Veja aqui no link http://migre.me/gBgGF. Meu Deus do céu! É de meter medo na gente ou não, internauta desassombrado?

E o curioso é que Segurança Pública parece não contar com a preocupação dos políticos brasileiros, tampouco goianos. Os caras que fazem as leis (parlamentares) e os que executam o que é estabelecido pela legislação (prefeitos, governadores e presidente da República) parece que ainda não perceberam que Segurança Pública é coisa que anda tirando o sono de boa parte dos “brasileiros e brasileiras”. Ou será que estou exagerando ou estou absurdamente equivocado?

Acho que não estou exagerando em nada. Uma pista? A Polícia Civil goiana está de greve há mais de 53 dias e até agora, acordo que é bom, “necas de pitibiriba”. Enquanto há gente matando a torto e a direito por aí, policiais que deveriam estar trabalhando e investigando, elucidando e descobrindo os criminosos, prendendo-os consequentemente, encontram-se de braços cruzados reivindicando melhores salários mas o governo estadual segue firme dizendo não.

Olha, nem precisa entrar nos motivos que levaram os policiais à paralisação nem nas razões que levam o governo de Goiás a ficar com este serviço imprescindível sem funcionar como deve. Só isso basta para a gente notar que Segurança Pública realmente não figura entra as prioridades de governo. Exagerei? Estou equivocado? Sei não, viu?

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