E a reforma administrativa do prefeito Jânio Darrot começou de verdade no início de novembro.
O
início de novembro tem o Dia de Finados (2), é feriado e coisa e
tal. Isso no Brasil, evidentemente. Quer dizer, começa-se o 11º mês
do ano, o penúltimo, diga-se, homenageando os mortos, as pessoas,
entes queridos, que partiram dessa para uma melhor, como se diz por
aí. Ah, sim! Mas antes, no primeiro dia de novembro, celebra-se o
Dia de Todos os Santos, em honra aos santos, mártires e cristãos
heróicos cuja memória é celebrada ao longo do ano.
Feita
essa digressão, quer dizer, depois de rodear o toco, passemos logo
ao tema principal nessas “mal traçadas linhas”. É que o mês de
novembro trouxe notícias nada boas para centenas de servidores
públicos municipais da Prefeitura de Trindade que ocupavam cargos
comissionados. A reforma administrativa proposta pelo prefeito Jânio
Darrot (PSDB) à Câmara Municipal da “Capital da fé” foi
aprovada e entrou em vigor agora em novembro.
Com
o início da vigência da lei municipal que redefiniu ou reorganizou
a estrutura administrativa da Prefeitura de Trindade, ocupantes de
cargos comissionados, desde secretários municipais (salário mensal
de R$ 10 mil), passando pelos superintendentes, até aqueles
trabalhadores posicionados na base da pirâmide do funcionalismo
municipal, foram todos exonerados. Boa parte do pessoal deve retornar
às atividades, é claro. Mas isso está mais no terreno das
intenções dos indivíduos e dos partidos da base de apoio ao
prefeito Darrot.
O
fato é que há inquietações e intensas movimentações nos
bastidores da política trindadense, pois quem foi exonerado, é do
jogo, luta ainda para reverter o espaço até agora perdido. No
entanto, se a reforma foi feita mesmo para enxugar a máquina
administrativa trindadense, dificilmente deixará de haver cortes de
pessoal. Isso é uma realidade para a qual é pura bobagem fechar os
olhos. No rearranjo da gestão comandada pelo prefeito Jânio Darrot
gente vai ficar de fora da Prefeitura, sem contracheque.
Agora,
quem conhece o funcionamento da Prefeitura de Trindade fala também
que será muito difícil manter alguns serviços funcionando a tempo
e a hora sem todos os servidores comissionados. É que o grosso da
mão-de-obra da municipalidade é baseada justamente em gente nos
cargos em comissão, com indicação política, ninguém duvida. E
como resolver um imbróglio desses, eis a questão principal que deve
estar esquentando a cabeça do prefeito Darrot neste momento.
Vamos
e venhamos, já passava mesmo da hora de algum prefeito dar uma
reestruturada na gestão pública municipal de Trindade. Essa prática
de evitar a realização de concurso público para a contratação de
servidor efetivo, em benefício da livre nomeação de comissionados,
precisava ter um ponto final. Penso que deve estar havendo pressões
de toda sorte pela manutenção dos aliados e seus indicados nos
respectivos cargos, mas este parece ter sido o desafio a que o
próprio prefeito Darrot se impôs. Vejamos os resultados disso aí.
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