Falando um pouquinho a respeito de controle de gasto público.


Neste final de semana estive conversando com alguns amigos que, feito eu, também gostam de falar sobre política. Um dos assuntos foi a operação Tarja Preta, deflagrada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MPE/GO), que desbaratou um esquema de vendas fraudadas de medicamentos e equipamentos médicos e odontológicos para diversas prefeituras goianas. A coisa foi séria, levou para cadeia alguns prefeitos, ex-prefeito, diversos servidores municipais, advogados e empresários, agora denunciados à Justiça.
 
Mas os rumos da prosa levaram para outra questão igualmente relacionada aos ralos das gestões das finanças nos municípios brasileiros em geral e goianos em especial. Tem a ver com a aquisição de combustíveis para as imensas frotas utilizadas nos serviços das administrações municipais. Não falta quem diga que por ali também deve existir problemas. Sinceramente, não arrisco palpite sobre isso não, mas penso o seguinte, onde há gasto público deve haver alguma espécie de controle rigoroso.
 
E certamente não estou falando aqui da criação de novos órgãos ou mesmo legislação para cuidar dos gastos públicos nos três níveis, federal, estaduais e municipais. Afinal, já existe toda uma estrutura justamente para isso. Penso que falta mesmo é mais atenção da sociedade não apenas de funcionários públicos como observadores dos gastos públicos. Uái, é isso mesmo! Promotores de Justiça, Policiais Civis, Militares, Federais, Procuradores da República, Conselheiros de Tribunais de Contas dos Municípios, dos Estados da União e outros mais, são todos sim funcionários públicos.
 
O que estou dizendo é que se qualquer pessoa observar bem as informações das despesas públicas divulgadas hoje em dia, ficará mais difícil maquiar contas, superfaturar despesas. Qualquer pessoa sabe muito bem quanto custa o litro de combustível e igualmente a maioria tem noção de consumo de combustíveis, para ficar na aquisição de óleo diesel, gasolina, álcool e/ou etanol. Tem uma frase bacana que afirma, mais ou menos, o seguinte: “Guerra é uma coisa importante demais para ficar a cargo apenas dos generais”.
 
Então, na minha modesta forma de enxergar as coisas, penso que gasto público é algo importante demais da conta para a sociedade e que não deve deixar o acompanhamento e controle disso unicamente sob responsabilidade dos servidores públicos, sejam eles de qual nível for. Simples assim. Até porque, os recursos são escassos enquanto que as necessidades da população, por sua vez, são ilimitadas.
 

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