Reconhecer que é preciso mudar para melhor é um desafio bacana e talvez um primeiro item daquelas listas de desejos do final de ano.
Minha turma do curso de Formação de Líderes: Alexandre Macedo é o cara de gravata amarela. |
Estou
participando de um curso de Formação de Líderes, realizado
pelas entidades Instituto Humanize e Essencial
Humano. O Coach Alexandre Macedo, Administrador,
Pós-Graduado em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), é quem está ministrando as aulas. São 6 encontros, sempre
às sextas-feiras e já tivemos 3 dias de aulas. A turma é formada
por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da
Secretaria de Planejamento do Governo de Goiás (Segplan) e uma
técnica da área de Contabilidade Pública.
No
encontro de sexta-feira (1) foi falado sobre a questão do tempo como
o inimigo das pessoas que se encontram insatisfeitas com os
resultados produzidos no trabalho, na vida familiar e social até.
Alexandre Macedo defende a ideia de que isso está errado. “O tempo
é o nosso maior Aliado”, ensina Macedo. O detalhe está em
perceber que não dá para administrar o tempo, mas, sim,
“administrar as nossas ações, nossos comportamentos”. Isso é
interessante, não é verdade?
Claro
que o assunto do parágrafo anterior rende pano pra manga, ou melhor,
dá uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado, não
tenho a menor dúvida. Porém, nestes encontros uma coisa que ouvi e
me deixou intrigado, tem a ver com a afirmação do Coach
Alexandre Macedo sobre aquelas promessas que as pessoas fazem no
período entre o Natal e o Réveillon de todos os anos. As famosas
listas de desejos estão ali sempre presentes nos festejos natalinos,
do mesmo modo que se vê nas mesas panetones, perus, rabanadas e as
brincadeiras de amigo secreto.
Já
percebeu que nestas listas o sujeito usa e abusa do verbo TER? Eu
quero ter um carro novo, uma casa nova, ou um apartamento idem, fazer
uma viagem à Europa ou aos Estados Unidos, enfim o cara quer é ter
algo. Isso aí foram observações feitas por Alexandre Macedo, que
prosseguiu. “Nunca vi lista de fim de ano na qual a pessoal diz que
quer ser mais bondosa, mais paciente, torna-se alguém melhor”. Ou
seja, o verbo SER não é conjugado por quem faz lista de desejo no
final do ano.
E
vou dizer uma coisa, internautas céticos, pode parecer algo simples
demais da conta, mas isso aí é coisa séria. Pode apostar que sim.
As pessoas, nós todos, estamos ligados demais em TER isso e aquilo e
vamos dando muito pouca importância à necessidade do camarada SER
alguém melhor em todos os sentidos. E o sistema de vida é assim
mesmo, vai nos empurrando para um rumo tal de nos tornarmos pessoas
individualistas ao extremo, que pouca coisa enxerga além dos
próprios umbigos. E o pior é que todo mundo sabe muito bem disso.
Já
começamos novembro, o penúltimo mês do ano. 2013 está a menos de
60 dias do seu final, eis a verdade. Quer dizer que ainda dá tempo
do cabra repensar a vida em termos um tantinho menos materialistas
que seja? Claro que sim. Tenho dúvidas sobre quase tudo nesse mundo
de meu Deus, mas uma coisa eu sei, nada vai mudar se primeiramente
não trabalhar internamente para que haja uma mudança em nós
mesmos. E é aqui que a “porca torce o rabo”. Reconhecer que
estamos errados e temos que mudar, nunca é algo fácil. De toda
forma, eis aqui talvez o primeiro item para uma lista de desejos
neste fim de ano.
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