Falando um pouquinho sobre bom e mau atendimento ao cliente.
Segundo
dados oficiais do turismo no Brasil, a Bahia está entre as três
localidades mais atrativas deste país “em que se plantando tudo
dá”. O berço de “Painho” e “Mainha” só fica atrás, como
destino preferencial dos turistas brasileiros, do Rio de Janeiro e de
São Paulo. Parece que isso é até visível mesmo a olho nu. Quem
viaja com uma certa regularidade acaba concordando com a afirmação.
E
um dos locais em território baiano que mais atraem os turistas
domésticos é Porto Seguro, na região sul daquele estado. Goianos
então são como arroz-doce de festa naquele município onde o que
não faltam são atrativos passeios, festas, claro, praia com água
em temperatura agradável, boa comida e dança a não mais poder.
Agora, por exemplo, estão dançando na barraca “Tô a toa”, uma
das mais frequentadas da orla, na região de Taperapuan, ao som do
“Lepo Lepo”. Muita gente gosta, viu? Veja,
se quiser ~> http://www.youtube.com/watch?v=FMzfIzX3o74
Então.
Mas
qual o motivo dessa conversa toda, minha gente? É que dia
desses estive saracoteando por aquelas terras onde Cabral e suas Naus
vieram dar, lá
pelos idos de 1500. Uns
dizem que foi
por
acaso, outros garantem que era tudo planejado mesmo. Pois é,
controvérsias à parte, o passeio foi bom toda vida. Nessas
oportunidades
a gente sempre acaba reparando nas coisas dos outros e comparando com
a nossa realidade. Acho que isso é algo normal, sei lá.
Com
uma certa frequência registro aqui alguma crítica a respeito da
qualidade do atendimento que o cliente recebe no comércio de
Trindade, quem visita este espaço já deve ter visto alguma notinha
neste sentido. Isso porque o objetivo é chamar a atenção dos
gestores dos negócios locais, seja no comércio ou na prestação de
serviços, para a necessidade de se buscar a tal da excelência no
atendimento aos turistas que têm vindo à cidade atraídos pela fé
e devoção ao Divino Pai Eterno.
Isso
tudo para dizer que mesmo lá longe,
numa
cidade onde o turismo é principal atividade econômica, Porto
Seguro, evidentemente, a gente também
se depara
com bom e mau atendimento ao cliente. Fazer o quê, né? É a vida.
Vou mencionar aqui apenas 3 casos.
Entrei
numa loja de conveniência de um posto de combustíveis na Praia de
Taperapuan. No freezer peguei uma lata de energético (R$ 7,99) e uma
garrafa de água mineral (R$ 1,50). No caixa havia
um rapaz
que estava, acho, conferindo uns papéis. O
cara viu minha nota de 50 reais. Sem ao menos olhar pra mim,
perguntou se eu não tinha outra nota. Respondi que não. “Não tem
troco”, disse o cabra olhando lá pros papeizinhos dele.
Claro
que detestei o atendimento dispensado, mas devolvi os produtos para a
geladeira lá do trabalho daquela criatura e tirei o time de campo.
Logo à frente havia outro estabelecimento comercial
onde comprei o que eu queria. Ali também o atendimento não foi
aquela coisa toda, mas a moça do caixa me desejou “bom dia,
senhor”. E havia troco também.
Sabe
como é turista que gosta de bater pernas em lojinhas de bugigangas.
E como tem isso na Passarela do Álcool em Porto Seguro! Entrei numa
lojinha onde comprei, se não me engano, duas camisetas. Coisa de uns
R$ 20. Como estava com sede perguntei ao cara que me atendeu se havia
água para os clientes. E eu estava vendo que sim. Não é que o
cabra desconversou e negou um copo d'água para um cliente? Um
sujeito desses é unha de fome demais da conta, né não?
O
último episódio tem a ver com os ambulantes que vendem coco e
bebidas em geral naquelas carrocinhas por tudo quanto é lado. Dá
para perceber que os preços variam de acordo com a cara do freguês,
do local e da hora. Em Arraial D'Ajuda, por exemplo, logo na entrada,
a gente comprava água mineral por R$ 1 a garrafa de 500 ml.
Caminhando na mesma rua, a poucos metros, havia gente cobrando pelo
mesmo produto R$ 2. À noite, de novo na Passarela do Álcool, vi
ambulante falando em R$ 3 a garrafa de água! Absurdo!
Em
suma, dar de cara com bom e mau atendimento faz parte mesmo da rotina
do cliente. É isso aí.
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