Lembrando gestos bacanas de Abrão Manoel da Costa e Guilhermino José de Sousa
Bons
tempos aqueles em que os homens então cheios da bufunfa, abastados
fazendeiros, doavam terras para a administração pública construir
benfeitorias para a população nas cidades. Hoje em dia assistimos
por esse Brasil de meu Deus algo justamente em sentido contrário,
não é verdade? É comum os municípios fazerem doações de
terrenos para que empresas sejam estabelecidas. Aliás, isso se
transformou numa espécie de instrumento de política industrial por
estas bandas.
E
quando é o poder público que realiza doação de áreas, ouso crer,
todo cuidado devia ser tomado. Afinal, temos aí o patrimônio
público sendo transferido para particulares, seja pessoa física ou
jurídica. Pense bem, internauta desconfiado feito este que vos
escreve, o sujeito recebe uma área doada para edificar algo para
abrigar um hospital ou fábrica, sei lá, isso é interessante para a
comunidade. No entanto, o tempo passa, nada é feito mas o terreno
recebido permanece com o particular. Vem a valorização, e pronto. O
beneficiário se deu bem, não é mesmo?
Ah,
sim! Acho que é muito importante salientar que no parágrafo acima
estamos falando sob hipótese visto ser difícil demais da conta que
uma coisa parecida tenha ocorrido na vida real. E tenho dito.
Pelo
pouco que eu sei da história de Trindade, penso que há uma certa
dívida de gratidão bem grande dos nativos e dos estrangeiros que
aqui se estabeleceram com personalidades de relevo para toda a cidade
pelas doações realizadas em favor da municipalidade. Falo, é
claro, de Abrão Manoel da Costa e Guilhermino José de Sousa, dentre
outros.
Abrão
Manoel da Costa doou várias áreas que hoje em dia contam com
prédios importantes e outras construções na região central de
Trindade e na Vila Pai Eterno. O Estádio que leva o nome deste
benfeitor; onde está a Rodoviária e Igreja Santa Luzia, para citar
alguns locais. Já Guilhermino José de Sousa, que foi vice-prefeito
de Trindade, doou aquele morro onde hoje vemos a Basílica do Divino
Pai Eterno, também a Casa dos Padres, aquela quadra onde outrora
existia o Colégio Menino Jesus, além do terreno onde foi construído
o Ginásio de Esportes Amando Grecco.
Belos
gestos estes, não é mesmo? Lógico, que há outras pessoas que
praticaram atos semelhantes, mas entendemos ser importante resgatar
parte das ações destes homens que protagonizaram a história do
povo trindadense.
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