O que era criticável ontem hoje já não é mais.

Durou mais ou menos 14 meses o período do médico Paulo César Alves Borges à frente da Secretaria Municipal de Saúde de Trindade. O trabalho é desgastante, todo mundo sabe disso, e chegou a hora do médico cuidar da própria saúde também. Cumprido acordo com o prefeito Jânio Darrot, relacionado à permanência na equipe para realizar o trabalho de estruturação da secretaria, chegou o momento do doutor Paulo pedir o boné. E foi esse o motivo da saída.

A importação de alguém de fora de Trindade, a “Branca”, Gercilene Ferreira, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Saúde, tem a ver, segundo gente ligada ao prefeito, com os bons resultados produzidos por ela durante os seis anos em que foi secretária municipal de Saúde em Senador Canedo. Detalhe, dizem que em Senador Canedo a receita da Prefeitura é bem maior do que a de Trindade.

Interessante como as coisas no mundo político são sempre, digamos, contraditórias. Na época em que George Morais, hoje no PDT, dava todas as cartas na política local, como prefeito de Trindade por dois mandatos seguidos (2001-2008), era motivo de críticas o fato de ter trazido vários técnicos de outras localidades para trabalhar na Prefeitura municipal. Agora, o prefeito Jânio Darrot recorreu à idêntica prática e gente que antes criticava agora se cala a respeito.

Na verdade, o que interessa mesmo para o distinto público pagador de impostos e sobretudo aos usuários do sistema público municipal de Saúde é que a coisa funcione e funcione bem. Isso da ótica do usuário, bem entendido. Pouco importa se o secretário é nativo ou estrangeiro. Quem precisa de atendimento quer é chegar à unidade e ser atendido, e bem atendido. O resto é lero-lero que não leva a nada. Agora, é sempre bom a gente relembrar que isso (contratar gente de fora para a equipe do prefeito), não faz muito tempo, foi motivo de críticas de políticos da oposição. É, as coisas mudam...