Trabalhador é exonerado mas tem dificuldade em receber o acerto.
Difícil
entender a prática de muitos políticos no exercício de cargos no
poder executivo, sobretudo nos municípios. Apresentam uma certa
predileção pela contratação de uma quantidade geralmente grande
de pessoas em cargos comissionados para atividades típicas do
serviço público. Aparece a necessidade de baixar gastos, reduzir
despesas, pega-se a tesoura e corta-se justamente aquele pessoal de
salários mais baixos. Não é assim que a banda tem tocado por essa
Brasil de meu Deus?
O pior
de tudo é quando o sujeito perde o emprego e sai sem receber o que
lhe é de direito, caso de férias e décimo-terceiro salário
proporcionais. Reclamar para quem? Entrar na Justiça e demandar
contra o poder público não é fácil não, minha gente. E tem
também um certo receio. “Eu entro na Justiça e aí o cara vai me
marcar e não vou conseguir trabalho mais”, pensa o trabalhador
mais humilde.
Receber
esse tipo de direito de Prefeituras é algo muito difícil de
acontecer. Muitos gestores públicos confundem a Administração com
a pessoa do prefeito, digamos assim. Fica uma confusão só. Por
exemplo, se o trabalhador tem algum dinheiro para receber de uma
administração anterior, terá dificuldades terríveis para realizar
esse direito. Não falta gente dizendo tratar-se de coisa do mandato
passado e não há previsão para o pagamento. Quer dizer, o atual
prefeito não tem a obrigação de pagar dívidas do alcaide
anterior. Embromação pura.
Se o
cara terminou o mandato como prefeito e deixou dívidas nessa
modalidade o problema é sim da Prefeitura, ora pois. Por quê ficar
enrolando quem tem dinheiro para receber como se pagar o que é
devido pela municipalidade ao cidadão fosse uma espécie de favor?
Sinceramente, não dá para compreender uma coisa dessas. Mas o
complicador é que isso deve acontecer por essas mais 5,5 municípios
brasileiros. É lamentável demais da conta.
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