Briga de egos no PMDB impede que o partido se torne opção de fato ao eleitorado.
Não
sei quanto a vocês, mas essa novela que virou a definição do
candidato do PMDB a governador de Goiás, nas eleições de outubro
deste ano, para mim, ficou chata e faz tempo. O fulano desiste da
pré-candidatura com carta de renúncia e tudo, porém continua mais
pré-candidato do que nunca. Aí o outro faz a mesma coisa. Perdeu a
graça para quem acompanha o desenrolar dos fatos. Penso que os
filiados e simpatizantes da legenda igualmente devem estar cheios
dessa enrolação até às tampas.
Um
partido da importância que tem o PMDB em Goiás, cheio de políticos
experientes, deixar a coisa chegar a um ponto destes é o fim da
picada. Os caras estão se perdendo ou já se perderam numa briga de
egos sem fim que, na prática, enfraqueceu o partido, seja lá qual
for o candidato escolhido antes ou na convenção, principalmente se
Iris ou Friboi, certamente os peemedebistas irão para a campanha
pedir votos aos eleitores com tantas feridas que, ouso acreditar,
será difícil convencer “sua excelência, o eleitor” (Salve,
Ulisses Guimarães!), de que vale a pena dar um voto de confiança ao
candidato da legenda.
Com
isso, os peemedebistas deixam de se mostrar ao eleitorado como opção
viável mesmo para assumir o Governo de Goiás. Evidentemente, essa é
minha opinião. Nada mais do que isso. Ora, se os caras não
conseguem formar um consenso ou disputar de forma mais aberta e
democrática, transparente de verdade, para definir o candidato a
governador, se eleito, como é que será a gestão no poder?
Certamente os simples mortais votantes terão dúvidas e poderão
ficar com a pulga atrás da orelha. No trânsito, havendo dúvida o
melhor é não ultrapassar; nas eleições se não há confiança, o
eleitor não vota. Confere ou não?
Campanha
eleitoral é um trem doido demais da conta, não é segredo algum.
Logo, a coisa pode começar muito mal para um candidato e, no
entanto, ele conseguir reverter a situação e até vencer a peleja.
Todavia, isso é a exceção à regra. Se uma coisa começa mal, a
tendência forte é a de que não vai terminar bem. E falando de
política, seria interessante para o processo em si que houvesse mais
opções em termos de candidaturas e de projetos políticos a fim de
que o eleitor pudesse fazer sua opção. Pelo cheiro da brilhantina,
não devemos esperar grandes mudanças no panorama coisíssima
nenhuma.
O
governador Marconi Perillo (PSDB) é um político competente, buscará
certamente o quarto mandato para continuar sendo inquilino da Casa
Verde (A benção, Hélio Rocha!) por mais quatro anos. Claro,
Marconi não deve ter vida fácil na campanha, pois Antonio Gomide
(PT), Vanderlan Cardoso (PSB) e alguém lá do PMDB certamente
jogarão pesado, mas a impressão, hoje, é a de que o favoritismo
está com o atual governador. Mas aguardemos um pouco mais para ver o
que as hostes peemedebistas vão colocar na disputa, daí a gente
volta a conversar.
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