Como melhorar o mundo?
por
Frederico Simão
E
a pergunta é respondida de pronto: exercendo a Cidadania.
Sempre
que sou provocado a me manifestar, me vejo obrigado em contribuir
para que o mundo seja melhor e, sinto que vivificar este tema, o da
Cidadania, será a melhor forma de dar a minha pequena contribuição.
Mas
o que seria isso, cidadania?
Cidadania,
mais do que um direito é um exercício. Cidadania não é somente
exigir seus direitos, mas por excelência, cumprir com suas
obrigações. E, estas obrigações não se resumem tão somente
naquelas previstas nas leis, porque estas são de observação
obrigatória; mas aquelas obrigações decorrentes do pacto social,
de boa convivência, de urbanidade e polimento nos gestos, de ordem
social, pautados na moral, na ética e no civismo.
Para
bem ilustrar o que é Cidadania, “é respeitar o sinal vermelho,
para se ter direito ao sinal verde e; na dúvida, não ultrapassar”.
O
exercício da cidadania consiste em observar aqueles procedimentos,
os mais simples, como uma gentileza, um bom dia, em ser honesto com
os outros e principalmente consigo mesmo.
O
que temos verificado atualmente na postura da conduta social é uma
subversão na gradação de valores, o que ocorre quando os valores
menos graduados passam a se sobrepor àqueles de maior graduação. É
a “Lei de Gérson”, aquela em querer “levar vantagem em tudo”
operando seus efeitos com vigor em nosso convívio social.
Ultimamente,
temos visto uma saturação do uso da Palavra de Deus, mas de forma
oportunista e desleal com a fé do povo; muitas das vezes em
benefício de grupos financeiros ou políticos, ressaltando aqui com
veemência, que o objetivo deste artigo não é criticar ninguém.
Mas o que se pretende dizer, sob aquele diapasão de melhorar o
mundo, nosso País, nosso Estado, nossa Cidade, nosso lar e nossas
vidas, é que no exercício da Cidadania, o Cidadão tem que se
pautar naquele princípio fundamental sob o qual todas as demais
normas e regras devem ser submissas: o AMOR!
Assim,
para aprendermos o que é Cidadania, em sua mais ampla concepção da
palavra, devemos antes de tudo, nos render ao Amor e nos deixar ser
conduzidos por ele.
A
cada vez que trapaceamos, que vilipendiamos a nós mesmos, nos
prostituímos com nossos atos desleais, sempre com a finalidade de
“levar vantagem em tudo”; cometemos um erro capital, o de enganar
a nós mesmos; nossa sociedade, nossa Cidade, nosso Estado, nosso
País e o Mundo.
“Pois
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro,
se
perder a sua alma? Ou que dará o homem
em
recompensa da sua alma?” (Mateus, 16: 26)
Frederico
Antônio Simão é advogado, ex-presidente do Rotary Club de
Trindade, e importante referência profissional em “advocacia de
excelência”. Artigo publicado na revista exatta, 3ª
edição.
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