Falando um pouco a respeito da situação das barracas em frente à Basílica de Trindade.
Barracas de comércio diante da Basílica do Divino Pai Eterno, Trindade. |
Realmente é um problemão essa questão
dos vendedores nas barraquinhas instaladas na continuação da Av.
Dr. Irany Ferreira, diante da entrada principal do Santuário
Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade. Isso, penso, ainda vai
render muito pano pra manga, como se diz. É sempre mais difícil
solucionar esses casos depois de um tempo em que as pessoas se
acostumam, se sentem donas mesmo dos espaços públicos, como é este
o caso.
A Justiça determina a retirada dos
comerciantes e suas barracas do local, a Prefeitura se sente sem
condições de cumprir a ordem e a coisa vai sendo protelada. É
difícil mesmo, pois há gente que tira o sustento próprio e da
família também desse tipo de atividade normalmente informal. Há
apoio junto à opinião pública, segmentos da sociedade até
defendem o direito dos menos favorecidos trabalhar dessa forma. É
complicado demais da conta!
Quando surge uma situação dessas, não
falta gente para lembrar que o poder público é sempre generoso com
grandes empresários, associações, entidades diversas enfim, ao
ponto de doar áreas públicas para a implantação de projetos
econômicos. Logo, não haveria problema algum em agir de modo
parecido em se tratando de pequenos empreendedores. Tudo bem, existe
sempre a possibilidade de se discutir e defender semelhante prática
institucional muito comum no Brasil, pelo qual terrenos são doados e
incentivos fiscais concedidos visando à instalação de empresas na
localidade, diante do potencial de geração de emprego, renda e
receita tributária encontradiços nestes exemplos.
É lógico que se está falando também
do reflexo social, e não apenas econômico, que a retirada do
pessoal e suas barracas de onde estão, irá provocar nas vidas de
centenas de famílias. Isso tem um peso político que não dá para
ser ignorado por ninguém. Se apenas se usar o poder de polícia
inerente à gestão pública municipal, retirar os comerciantes e
suas barracas sem lhes oferecer outro ponto para o desenvolvimento da
atividade, poderá haver um furdunço danado na cidade, com certeza.
Todavia, não penso que seja correto
também deixar que as pessoas ocupem os espaços públicos da cidade
como melhor lhes aprouver. Ruas, avenidas, praças, isso aí é de
propriedade de todos. Não pode simplesmente virar ponto comercial de
quem quer que seja. E os demais comerciantes formais que para manter
as respectivas portas de seus estabelecimentos abertas têm que se
sujeitar ao cumprimento de uma série de requisitos legais, arcando
com pesados custos tributários? É justo isso?
A questão é intrincada, precisa ser
agora bem analisada e solucionada. As barracas onde estão atrapalham
o fluxo de carros, pessoas e mercadorias, pela cidade durante o
período em que o pessoal está vendendo itens de um vasto cardápio,
encontrado no local, aos turistas dito religiosos que vêm à
Trindade para celebrar a fé e devoção ao Divino Pai Eterno. Ruas e
avenidas foram feitas para ficarem permanentemente livres, garantindo
um trânsito com a maior segurança possível.
Falando em trânsito, chega a ser
irritante como o próprio poder público, nos diversos níveis, por
aqui têm a prática de criar obstáculo ao fluxo de veículos nas
ruas e avenidas nas cidades e nas rodovias. Hoje mesmo, em Goiânia,
fecharam o anel interno da Praça Cívica provocando engarrafamentos
horríveis nas ruas da capital e logo no início do dia, ali pelas 7
h. Na barreira policial na Rodovia dos Romeiros (GO 060) são
colocados uns cones estreitando a pista que, por inúmeras vezes,
torna o trânsito lento toda vida. Vai entender esse pessoal, né?
Mas retomando o fio da meada para
concluir logo este texto que está ficando muito arrastado, o
prefeito de Trindade Jânio Darrot (PSDB), a meu ver, tem um sério
desafio pela frente que é justamente dar uma solução para a
retirada das barracas da frente da entrada da Basílica. E não
convém demorar muito tempo mais não. Evidentemente, seria
interessante se houvesse um outro espaço nas redondezas capaz de
abrigar esse pessoal e sua atividade comercial. Não vai ser fácil
resolver isso não. Aguardemos.
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