Sobre as calçadas de Trindade cheias de obstáculos para os pedestres
Decidi postar abaixo o
artigo “Estatuto do Pedestre e as calçadas”, do jornalista João
Lemes, de O Popular, porque o assunto tem tudo a ver com Trindade,
mas penso também que com a maioria das cidades brasileiras e
goianos, muito especialmente falando. O costume da gente que habita
essa “terra em que se plantando tudo dá” é o de ocupar as
calçadas com toda sorte de finalidade distinta da que seria a
principal: via destinada à movimentação dos pedestres.
Onde quer que se vá em
Trindade o sujeito encontra dificuldades para exercer o direito de ir
e vir pelas calçadas. Na região central cidade há forte presença
dos estabelecimentos comerciais e os cabras esbarram, a todo momento
em que caminham pelas calçadas, nos artigos em exposição para a
venda. Há inclusive bares cujo espaço é todo ele na calçada e o
pedestre que se dane, ou melhor, que trate de ficar esperto enquanto
anda pelas ruas da “Capital da fé”.
Nos bairros mais
periféricos ou mesmo no centro da cidade os donos dos imóveis fazem
rampas externas criando obstáculos intransponíveis nas calçadas,
onde eles existem, vale a pena salientar. Sem contar que os
proprietários de imóveis também se julgam no direito de criar
obstáculos verticais nas calçadas e mandam construir colunas de
concreto, geralmente nos lotes de esquina, aí sim atrapalhando de
vez a tal da mobilidade sob dois pés e pelas calçadas da lugar onde
viveram Constantino Xavier e Ana Rosa, aquele casal lá do início da
Romaria do Divino Pai Eterno. Cadeirantes, usuários de muletas,
bengalas, próteses, não têm vida fácil em suas locomoções pela
cidade, com certeza.
Se em Goiânia existe
um certo Estatuto do Pedestre, vigente desde 2008, cujo cumprimento
vem sendo negligenciado desde 2008, o que dizer de Trindade? De
resto, imagino que está mais do que na hora dos trindadenses mudar
mais a respeito desse comportamento de só observar determinadas leis
e ignorar outras. Até porque, a “Velha Trindade da fé e do amor”
cresceu, está crescendo, deixou de ser aquela pacata cidadezinha do
interior e questões como mobilidade urbana entraram na ordem do dia.
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