Não se faz mais quadrilha como antigamente
Logo
de cara é preciso dizer que o pessoal hoje em dia sofisticou e tem
variado bastante esse negócio de fazer quadrilha, conforme mostra
dia sim e outro também, o noticiário da internet, do rádio, da
televisão e o do papel. Mas não é desse tipo de quadrilha
que vou falando aqui não, gente. A quadrilha, no caso, é aquela
dança, que está em cartaz por esse Brasil de meu Deus, pois estamos
em junho, tempo das festas... Juninas, ora pois.
Quer
saber mais um pouco sobre essa história de quadrilha? Uái, basta
dar um click neste link aqui ó e se informar melhor a respeito do
assunto ~> http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_Junina
Eu
quero mesmo nesta notinha é comentar um pouquinho a respeito da
trilha sonora que embalava o pessoal na dança do “olha a cobra!”,
“É mentira!”, “Olha o pai da noiva!”, “É mentira!”, há
um tempinho. A coisa toda era baseada em forró do tipo pé-de-serra,
sonzeira feita por uns caras com sanfona, zabumba e triângulo. Olhe
só isso aqui ó! ~> http://www.youtube.com/watch?v=PjN5u7zgplo
Pois
é, mas o tempo é uma espécie de roda que gira só para frente, né?
As coisas têm mudado bastante e principalmente nas festanças de São
João da “Terra Brasílis”. Lá pelas bandas de Caruaru, no
Pernambuco, e em Campina Grande, na Paraíba, ainda se percebe alguma
coisa mais, digamos, tradicional no tocante à quadrilha, mas, claro
há muita novidade também. Reconhecidamente como as maiores e
melhores festas de São João do país, lógico que os grupos de
quadrilha de lá buscam mostrar coisas diferentes para os milhões de
festeiros que vão dançar e festejar naquelas plagas.
Agora,
por aqui tenho estranhado bastante é chegar no local de festa junina
e ficar a maior parte do tempo ouvindo axé music e funk
carioca, por exemplo. Nada contra esses gêneros. Só acho que
não combina muito não com o espírito e sentido da coisa toda. O
cabra veste uma beca do tipo calça jeans ou de tecido mesmo, com
camisa xadrez ou bastante estampada, enquanto as meninas se produzem
no melhor estilo caipiria com aqueles vestidos cheio de flores e
saias muito rodadas e, na pista, mandam ver passos marcados ao som de
“vai no cavalinho, vai, vai, vai...”. Esquisito, eu acho.
Que
fique bem claro, gente. Nada
contra a mistureba de estilos musicais não. Raul Seixas (28.06.1945
– 21.08.1989) misturou baião com rock e quem é que não gosta,
hein? Lembra-se do “Let me sing, let me sing”? Como
assim? Não está ligando o nome à música? Ah, então dê
um click neste link aí ó, recorde-se
e delicie-se ~> http://www.youtube.com/watch?v=9QKv0X-PS-0
A questão aqui é mesmo porque na quadrilha tem a dança e toda
aquela preparação com comidas que acaba criando um ambiente que
remete a um tempo, um jeito de viver mais simples, que, para mim, não
casa bem com uma trilha sonora baseada em músicas do tipo “Beijinho
no ombro...”. Vixe, Maria! É
agora que vão dizer que sou recalcado.
Ai, meu Deus!
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