Pensando um pouquinho sobre o trânsito louco dos dias de hoje

É incrível como a gente se transforma quando transitoriamente passamos da condição de pedestres para o posto de motorista de um veículo, principalmente esses de quatro rodas. No fundo todos somos mesmo é pedestres, mas nos comportamos diferentemente. Ao volante de um carro qualquer, seja lá de que tamanho for, ou em cima de uma moto, o sujeito age como se as vias públicas devessem estar permanentemente desobstruídas para sua movimentação. Parar antes das faixas de pedestres para garantir a travessia segura para quem está a pé muitas vezes acaba sendo algo ignorado. Dar passagem para outros veículos então é um negócio complicado. Quando se trafega por uma rodovia e pretende-se mudar de faixa, mesmo com a seta ligada, grande parte dos demais condutores dificultam essa simples movimentação nas pistas, inclusive e principalmente dentro das cidades. Se no semáforo o sinal fica verde, basta alguém demorar 2 segundos para arrancar, que um motorista mais apressado aperta a buzina com gosto. E o que dizer daqueles sinais de faróis que o motorista de trás fica emitindo como quem diz “caia fora daí” para quem via a sua frente. Na verdade, acho que somos muito mal educados no trânsito. Eis aí, a meu ver, um traço a ser melhorado em nossa personalidade de brasileiros, sei lá. E neste sentido basta notar as estatísticas de acidentes de trânsito com mortes e incapacitação definitiva para o trabalho, por exemplo, que será possível constatar que precisamos mudar nossa forma agir no trânsito. Um pouquinho mais de educação, de respeito ao direito dos outros, mais calma, um tantinho mais de paciência, talvez seja o suficiente para melhorar o trânsito nosso de todo dia por esse Brasil de meu Deus.