Copa Mundo no Brasil termina e mostra que o futebol brasileiro não é mais aquele.
E
lá se foi mais uma Copa do Mundo da Federation International
Football Association (Fifa), dessa vez no Brasil. Não sei dizer se
foi mesmo a Copa das Copas ou apenas o 20º Mundial de Futebol. Uma
coisa é certa, trata-se de um grande evento esportivo sem qualquer
sombra de dúvidas. Apesar do receio geral de que o negócio pudesse
dar errado, conforme aquelas manifestações embaladas por frases
como “Não vai ter Copa”, tudo correu da melhor forma possível.
Afinal de contas, brasileiro também sabe fazer coisas bem-feitas,
ora pois.
Se
o pessoal por aqui, este blogueiro inclusive, não ficasse com
bobagem achando que o Brasil é mesmo o país do futebol, olha que a
quarta colocação neste Mundial da Fifa até seria considerada como
uma façanha de bom tamanho. Levando-se em conta o atual momento do
futebol tupiniquim, evidentemente. É que as conquistas anteriores da
Seleção Brasileira nos levaram a acreditar que fomos e continuamos
a ser os tais no esporte bretão. No entanto, o tempo passou, o
cenário internacional futebolístico mudou bastante enquanto por
aqui ficamos meio que “deitados eternamente em berço esplêndido”.
Mesmo assim, estar entre os quatro melhores da modalidade esportiva
mais popular do Planeta, não pode ser tido como um resultado
desprezível não.
Luiz
Felipe Scolari, o técnico, Carlos Alberto Parreira, coordenador
técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), são
profissionais reconhecidamente vitoriosos e sobretudo à frente da
Seleção canarinho, ao lado do Mário Jorge Lobo Zagallo, vale
lembrar. Não se pode esquecer que essa galera, dentre outros, claro,
comandou o escrete verde e amarelo em conquistas que somam 5 Copas do
Mundo, colocando o País no topo do ranking das seleções deste
mundão de meu Deus.
Agora,
ficou claro principalmente naquele chocolate (7 a 1) que os alemães
deram no time brasileiro, pelas semifinais da Copa que acaba de
terminar, em pleno Estádio do Mineirão, que o Brasil precisa descer
do salto, reconhecer que não é mais o bam-bam-bam do futebol e se
preparar melhor para as disputas internacionais. Não dá para viver
das glórias obtidas no passado. A roda da vida gira para frente o
tempo todo. E neste sentido, vale a pena buscar os conhecimentos de
outros profissionais, dar chance para técnicos, preparadores
físicos, treinadores de goleiros, enfim, que ainda não foram
experimentados na Seleção Brasileira mas construíram carreiras
vitoriosas nos clubes de futebol do Brasil e no estrangeiro também.
Não
é de hoje que a gente ouve críticas a respeito da organização do
futebol brasileiro. Falta, dizem os especialistas ou nem tanto em
futebol, um calendário mais racional de competições ao longo ano,
jogadores estão saindo cedo demais do País, os empresários estão
negociando garotos ainda com os clubes estrangeiros e, técnica e
taticamente falando, o futebol dos brasileiros não tem apresentado
novidades em relação ao que se pratica na Europa, por exemplo. Isso
tudo, somado, acaba determinando a situação atual do esporte
preferido no Brasil.
Finalizando,
já que o quarto lugar numa Copa do Mundo é considerada uma
colocação indigna para os brasileiros amantes do futebol, com
destaque para os caras lá da chamada imprensa especializada, tomara
que o resultado conseguido neste ano seja capaz de influenciar as
mudanças necessárias na gestão tanto fora e dentro dos gramados
desta “Pátria de chuteiras”, segundo definição do Nélson
Rodrigues. E talvez assim, na próxima Copa do Mundo, em 2018 na
Rússia, a “amarelinha” volta a ocupar o topo do pódium do
futebol mundial. É isso aí, gente.
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