E por falar em candidatos a deputado estadual da base do prefeito de Trindade...
Na
política brasileira, os prefeitos na maioria das vezes apoiam e até
mesmo lançam gente bem próxima como candidatos a deputados
estaduais e federais. Não é raro também que se ouça muito em
tempos de campanha eleitoral uma grita oposicionista alegando uso da
máquina pública em favor de candidatos da base de apoio ao
governante da ocasião. Isso é absolutamente fácil de ser
encontrado por aí e, penso, deve se repetir neste ano.
Mas
no caso de Trindade não é bem isso o que temos visto ultimamente.
Conversando com gente que acompanha muito de perto, e de dentro
também, a política local é possível perceber um certo
distanciamento do atual prefeito Jânio Darrot (PSDB) da definição
de candidaturas a deputado de políticos com base no município e
agora no início da temporada de caça ao voto propriamente dita. Há,
na verdade, mais de 10 candidatos a uma das 41 vagas na Assembleia
Legislativa de Goiás, de políticos que atuam na cidade, mas qual
deles fará campanha na condição de candidato apoiado pelo prefeito
e seu grupo político? Eis aqui uma dúvida?
Ouvi
recentemente de um importante líder partidário da “Capital da fé”
que o prefeito Jânio não desempenha o papel de “chefe político”
do município, pelo menos da forma como já se viu acontecer em
passado não muito distante. Neste sentido vale destacar que dois
ex-prefeitos de Trindade, George Morais (PDT) e Ricardo Fortunato
(PMDB) no exercício dos respectivos mandatos lançaram e trabalharam
fortemente familiares como candidatos a deputado.
Vale
pena relembrar que o ex-prefeito George Morais, à época no PSDB,
lançou sua esposa Flávia Morais, pela mesma legenda, a deputada
estadual, em 2002, quando a então primeira-dama da “Velha Trindade
da fé e do amor” foi eleita no embalo dos 23.842 votos
conquistados na sua estréia como protagonista de eleições. Por sua
vez, Ricardo Fortunato bancou politicamente a candidatura de seu
irmão Nélio Fortunato (PMDB) a deputado estadual, em 2010, que foi
eleito com 28.290 votos na ocasião.
Do
ponto de vista político, vitórias de aliados, sobretudo de gente
próxima ao prefeito conforme os exemplos acima, dão uma ideia de
sua força, de sua capacidade de formar um grupo coeso e o manter
dessa forma. Afinal, isso acaba sendo também um importante trufo nas
eleições municipais quando o prefeito pode vir a tentar a reeleição
ou apenas apoiar um candidato aliado. É mais ou menos por aí que se
percebe o desenrolar da atividade político-partidária nos
municípios em tempos de eleições estaduais.
Na
verdade, é bom frisar, a campanha ainda não começou nas ruas.
Melhor então esperar as atividades do chamado corpo a corpo dos
políticos e seus indefectíveis cabos eleitorais junto a “sua
excelência, o eleitor” (Salve, Ulisses Guimarães!) para que se
possa avaliar se haverá mesmo uma candidato para o prefeito Jânio
poder “chamar de seu” (A benção, Erasmo Carlos). Se bem que 5
de outubro não está tão longe assim...
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