Mulheres são assassinadas em Goiânia e investigações ainda não têm respostas.
Capa
do jornal O Popular desta quinta-feira (31) é de dar medo na gente
mesmo. 11 mulheres, jovens demais da conta, todas com menos de 30
anos de idade, foram assassinadas em Goiânia, entre janeiro e 26 de
julho deste ano. É uma coisa realmente bárbara, terrível. É um
horror!
A
Polícia Civil goiana, segundo o principal jornal do Estado, “ainda
não têm respostas oficiais” para a população em geral e, claro,
para as respectivas famílias das vítimas, em particular. A forma
pela qual essas mulheres foram assassinadas é parecida. Um
motoqueiro se aproxima, anuncia o assalto pedindo o celular, mas logo
em seguida saca a arma e dispara a sangue frio mesmo como quem se
imbuiu de um dom sobrenatural, feito o senhor da vida, que tem o
poder de definir quem pode não viver.
Pelo
que noticia o Popular, há “investigações em andamento” e o
delegado da Polícia Civil, Deusny Aparecido da Silva Filho, ouvido
pela reportagem e citado na matéria da repórter Rosa Melo,
avisa que nenhuma hipótese está sendo descartada nessa altura dos
trabalhos policiais. Ou seja, tudo é possível então. E sabendo das
limitações enfrentadas pela polícia diante de casos complicados
assim, os familiares das vítimas devem demorar muito ainda para vir
a saber o porquê de uma violência irreparável e tão desumana
assim foi ceifar a vida de um ente querido.
O
pior de tudo é a gente verificar que esses crimes horripilantes
estão acontecendo a torto e direito mas não se percebeu ainda,
digamos, uma comoção da sociedade goiana capaz de provocar mudanças
na forma de se tratar da criminalidade. Neste início de campanha
eleitoral fala-se sobre segurança pública como quem defende a
adoção dessa ou daquela medida econômica pelo governo. Muito frio.
As pessoas parece que estão meio anestesiadas, pouco se importando
com essa realidade horrível.
Ora,
estamos diante de um crime verdadeiramente irreparável. A vida é
uma só, pronto e acabou. Todo mundo sabe disso, mas esse tipo de
crime virou algo banal. E se o conjunto da sociedade meio que
permanece em “berço esplêndido” sem cobrar mais rigor na
punição dos assassinos, quem é que se intimidará? A coisa
realmente não está nada fácil e a gente segue com medo inclusive
dentro da própria casa. Até quando?
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