A insegurança nossa de todo dia...
Que o serviço de
Segurança Pública virou tema de destaque no Brasil, não há como
negar. Os números da violência urbana estão de lascar mesmo. As
famílias estão convivendo com uma sensação de medo inclusive
dentro das próprias casas. Nem é preciso mencionar os tais grandes
centros do País, nas médias e pequenas cidades o “bicho está
pegando”.
Estou exagerando? De
jeito maneira. Basta dar uma espiadela diária nos jornais, revistas,
nos telejornais, no noticiário do rádio e internet que o sujeito se
depara com todo tipo de violência em todos os locais. Do interior de
Goiás nos têm chegado notícias de sequestro e assassinatos de
arrepiar o cabelo, por exemplo. Em diversas outras regiões também a
coisa não vai bem, em se tratando de segurança pública.
Em Goiânia apareceu
uma criatura do mal que matou dezenas de mulheres jovens assim de
forma gratuita. A Polícia Civil já prendeu um suspeito, os
assassinatos deram um tempo, graças a Deus, mas ainda não dá para
ficar tranquilo não, senhor. Como esquecer o Dia Internacional da
Mulher deste ano quando houve aquela chacina no Morro do Mendanha?
Não se trata apenas de estar amedrontado sem razão. O fato é que a
banalização da violência chegou em todos os lugares. Por aqui os
caras matam meio que “para ver o tombo”. Ou não tem sido assim?
Roubos, assaltos,
furtos, isso já se tornou acontecimento do dia a dia mesmo. Não faz
muitos dias o prédio onde eu trabalho no centro de Goiânia ficou
sem água porque um gatuno roubou o hidrômetro. Agora, na semana
passada, conversava logo no início de um dia com o responsável por
um estacionamento na Capital goiana quando ele me mostrou a porta da
pequena sala usada como escritório, toda torta, estragada por
completo. Mais uma ação eficiente dos “amigos do alheio” que
surrupiaram pouca coisa, inclusive porque nada de grande valor havia
no local.
Você nem precisa ir
muito longe não para ficar sabendo de roubos nas residências das
pessoas. Aqui mesmo em Trindade esse tipo de ocorrência é coisa
trivial. Dia sim e outro também a gente fica sabendo de um amigo ou
conhecido que teve sua casa invadida por ladrões. O que resta às
pessoas de bem fazer quando isso acontece? Rezar e agradecer a Deus
por terem saído desses infortúnios com vida e saúde. É verdade, o
negócio é apelar mesmo para a Justiça Divina que tarda mas não
falha.
Agora, vale
salientar que principalmente nos últimos dias tem sido possível ver
mais policiamento nas ruas tanto em Goiânia como em Trindade também.
E a gente sabe que os policiais vão pro combate ao crime, realizam
prisões, mas a legislação é meio branda demais da conta e a
bandidagem está cansada de dar mostrar de que não está nem um
pouco atemorizada com a possibilidade de vir a ser punida. Também
pudera, de dentro dos presídios brasileiros os caras coordenam ações
criminosas de acordo com inúmeras reportagens publicadas com uma
frequência de espantar a gente.
Mais do que apenas
argumentos para candidatos pedirem votos ao eleitorado nas eleições
de outubro deste ano, a necessidade do Estado nos três níveis
(União, Estados e Municípios) investir mais recursos financeiros na
melhoria do Serviço de Segurança Pública é coisa premente. Que é
preciso mexer nas leis penais, creio que sim. Que já passa da hora
de se construir novos e mais seguros presídios, idem. No entanto, é
urgente também que os profissionais da área passem a ser
remunerados a altura do serviço que devem prestar à sociedade. Ou
seja, infelizmente não é coisa que se faz num estalar de dedos, do
dia para a noite. Mas se algo nessa direção não começar a ser
feito e já, a alternativa será a de continuarmos em vigília
permanente, rezando ao Divino Pai Eterno.
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