Algumas considerações a respeito das eleições para deputado em Trindade.
Normalmente
os prefeitos lançam ou apoiam candidatos a deputado estadual e
federal de seu grupo político para, digamos, ter um parlamentar
“para chamar de seu”. Mas essa escrita está ficando meio de lado
em Trindade, agora sob a gestão do prefeito Jânio Darrot (PSDB). A
gente tem observado a movimentação de sua excelência em eventos de
alguns candidatos a deputado estadual, mas nenhum concorrente até
agora está em condições de dizer que é o candidato apoiado pelo
prefeito e seu grupo.
Talvez
essa prática seja uma estratégia capaz de vir a produzir bons
frutos, vai saber. Todavia é sempre bom lembrar que uma cidade com
mais de 100 mil habitantes, caso aqui da “Capital da fé”, não
devia ficar sem representante na Assembleia Legislativa de Goiás no
período de 2015-2018. Nunca é demais salientar a importância da
cidade como polo turístico das terras goianas, no segmento religioso
e católico.
E
quem observa a situação geral da cidade percebe o quanto de
investimento precisa ainda ser feito em termos de urbanização
(asfaltar ruas e avenidas, construir praças e reformar as
existentes), melhorar o transporte coletivo urbano, viabilizar
investimentos, sobretudo privados, com destaque para o segmento de
prestação de serviços (hotéis, pousadas, bares e restaurantes,
por exemplo), dentre outras necessidades. Neste contexto, a presença
de gente da terra no centro de decisão do Governo é sempre um
trunfo pelo qual vale a pena lutar. É lógico que havendo um
deputado do município no poder Legislativo não significa que as
coisas serão fáceis, mas acaba sendo um ponto positivo para se
conseguir uma melhor parte do Orçamento do Governo de Goiás.
É
importante salientar que estão em jogo nesta campanha, cujas
eleições serão realizadas no dia 5 de outubro próximo, as 41
cadeiras no Palácio Alfredo Nasser, no Parque dos Buritis, em
Goiânia. A briga por dessas vagas é coisa custosa, difícil mesmo.
Ninguém consegue sentar-se no Parlamento na base da sorte. A disputa
pelo voto do eleitor custa caro para o candidato que, sem uma
estrutura de campanha considerável, dificilmente sai vitorioso deste
embate.
Mas
a dificuldade não fica só por aí na campanha não, internauta que
se interessa pela política. É que se o deputado eleito não tiver
competência acaba sendo apenas mas um entre os 41. Se não tomar
cuidado, não se cercar de uma assessoria competente e trabalhadora,
o risco de passar 4 anos na mediocridade é muito grande. Veja, a
propósito, como é que se saíram os atuais deputados cujos mandatos
estão terminando neste ano. Qual deles se destacou verdadeiramente?
Por
pensar dessa forma é que a gente fica apreensivo em relação à
postura do prefeito de Trindade, pois está em jogo muita coisa
importante que poderá facilitar ou não a continuidade da atual
administração municipal. E quando tentamos enxergar o futuro aí,
sim, é que ficamos ainda mais inquietos a respeito do que pode vir a
acontecer na “Capital da fé” dos goianos.
Agora,
quem acompanha política sabe que o candidato a deputado de hoje pode
muito bem ser mais um concorrente ao cargo de prefeito lá em outubro
de 2016. Então... Olhando a coisa por esse ângulo estou aqui
tentado a pensar que pode ser que não apoiar apenas um candidato
seja uma boa estratégia para a tentativa de reeleição do atual
prefeito. Político não costuma mesmo dar ponto sem nó, já dizia
aquele outro lá.
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