Campanha eleitoral 2014 é muito água com açúcar, sem graça demais da conta.
Deixe-me
comentar uma coisa com você, internauta que gosta de falar sobre
política. Você concorda que essa campanha eleitoral está muito sem
graça? Água com açúcar demais conta? Em 20 dias tudo isso há de
terminar, pelo menos o primeiro turno. E tenho certeza de que nenhum
candidato poderá falar honestamente que sentiu ou despertou a
vibração do povo nas ruas. Até agora, convém salientar, a coisa
está acontecendo mesmo nos meios de comunicação, sobretudo na
televisão e no rádio.
Quando
os nobres candidatos conseguem reunir algumas pessoas isso tem se
dado geralmente em ambientes fechados. Como era antigamente, e não
tão antigamente assim, por meio de comícios a céu aberto, creio
que dificilmente vamos tornar a ver. Sinal dos tempos, né? Afinal,
eleição deixou de ser evento extraordinário na vida do brasileiro,
desde o início dos anos de 1990 para cá. E na verdade de dois em
dois anos há eleições neste Brasil de meu Deus.
Há,
claro, as carreatas que passam pelas lugares com uma rapidez que
atrapalha o trânsito, promove um barulho dos diabos, deixa muita
gente irritada, mas termina logo. Se falar para o pessoal estacionar
os possantes e se reunir em determinado local para os candidatos
subirem em algum palanque para discursar, periga do líder ficar
falando ao vento. Os caras acabam se dispersando, muitos em busca de
algo mais emocionante para fazer. Eis a minha impressão, que pode
estar equivocada.
E
em verdade está tudo pra lá de chato. Mas há uma explicação para
essa chatice toda, imagino. Afinal de contas, qual a novidade da
atual campanha? Penso que nenhuma. Os candidatos a governador, os
protagonistas de verdade, Iris e Marconi, estão aí faz tempo
brigando pelo poder. E Marconi tem sempre levado a melhor sobre Iris,
que não desiste. Afinal, é brasileiro. Para deputado federal tem
gente que, se for eleitor mais uma vez, permanecerá na Câmara dos
Deputados por 32 anos seguidos. Que fome de poder, hein?
E
é assim que a coisa está caminhando. Logo, como é que a gente do
lado de cá vai se animar com uma disputa desse tipo? É difícil
mesmo. Nem mesmo uma proposta de trabalho inovadora pintou até agora
para animar “sua excelência, o eleitor”. Por essas e outras,
acho, as eleições 2014 entrarão para a história como o pleito mas
água com açúcar de que se teve notícia, até agora, nessa “terra
em que se plantando, tudo dá”. E no frigir dos ovos, teremos de
verdade um encontro com o passado, logo ali na frente. Até porque,
ganhando Marconi ou Iris, não dá para falar que a “novidade veio
dar em terras goianas”. Ou será que exagero?
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