E o eleitorado está desanimado com as candidaturas a deputado
No
dia 24 passado postei um texto sobre a forma, a meu ver, equivocada
pela qual diversos candidatos a cargos de parlamentares desenvolvem
suas respectivas campanhas em busca do voto. Veja aqui. A coisa toda
acaba confundindo mais o eleitor a respeito do papel de um deputado
ou senador. Além do mais, os próprios políticos atuam de forma a
solapar a credibilidade do público votante e pagador de impostos em
relação à importância da instituição, de um modo geral.
E
eis que no dia 27, o jornal O Popular estampou em seu caderno
Eleições 2014, a quantas anda a descrença popular quanto aos
candidatos a parlamentar. Segundo pesquisa do Serpes, 62,5% do
eleitorado goiano ainda não sabe em que irá votar para deputado
federal. 52,8% ainda não tem candidato a deputado estadual.
A
pesquisa Serpes/O Popular entrevistou 801 eleitores espalhados por 36
cidades (Goiânia e região central de Goiás, Entorno de Brasília,
bem como municípios goianos do Sudoeste e Noroeste do Estado), de 22
a 26 de setembro. A margem de erro é de 3,46 pontos porcentuais para
mais ou para menos, enquanto que o chamado intervalo de confiança do
levantamento é de 95%.
Na
matéria da repórter Fabiana Pulcineli, a explicação para o
elevado número de indecisos a respeito de qual candidato a deputado
(estadual e federal) o eleitor vai votar, tem a ver com a quantidade
de votos a serem definidos nestas eleições, em que estão em
disputa os cargos de presidente da República, governador do Estado,
senador da República e deputado (estadual e federal). Ou seja, o
eleitor tem aí pela frente que escolher e votar em cinco candidatos.
Além
dessa quantidade de gente para “sua excelência, o eleitor”
analisar e decidir em quem votar, Pulcineli, menciona ainda “o
desânimo da população com a atuação e as regalias vistas no
Congresso e nas Assembleias”. Concordo com a jovem e competente
repórter de política do jornal O Popular. Mas continuo enxergando
na forma como os candidatos fazem suas campanhas, também no modo
como os políticos tratam o mandato parlamentar, uma inesgotável
fonte de desgastes para instituição denominada poder Legislativo.
Entramos
agora na última semana da campanha. É certo que os candidatos todos
vão partir para a intensificação máxima das atividades, a fim de
conquistar os votos necessários para se conquistar a vitória. Neste
momento, costuma entrar em campo a ideia de que “o feio é perder a
eleição” e o nível costuma ir lá para a altura do calcanhar do
sujeito. E isso não vai ajudar na melhoria do debate político, caso
venha a ocorrer.
Pensando
de uma maneira bem positiva, vou ficar torcendo para que as novas
formações tanto na Assembleia Legislativa de Goiás, como na Câmara
dos Deputados e no Senado Federal, tenham mais sensibilidade para o
momento em que vive o poder Legislativo, nas três níveis, no país.
Seria de bom tom que as futuras excelências buscassem valorizar mais
ainda a função pela qual estão lutando para convencer os eleitores
e, assim, obter os votos que os tornarão representantes da
sociedade.
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