E Tayrone deixa candidatura a vice-governador na chapa petista.
Realmente,
a situação para a chapa petista nestas eleições, encabeçada por
Antônio Gomide, ex-prefeito de Anápolis, se não era boa, sofreu um
revés que apenas complica uma situação já difícil. É que na
sessão desta terça-feira (30), o vereador Tayrone Di Martino (PT),
renunciou à candidatura a vice-governador. Ou seja, Gomide ficou
sozinho na chapada, como se diz.
O
anúncio, feito pelo próprio Tayrone, aconteceu na Câmara Municipal
de Goiânia hoje à tarde e foi rápido. Para saber o porquê dessa
atitude do jovem parlamentar goianiense é importante relembrar que o
vereador votou contra a proposta de elevação das alíquotas do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) apresentado pelo prefeito
Paulo Garcia (PT).
Por
causa dessa desobediência a uma orientação partidária, Tayrone e
também Felizberto Tavares foram suspensos por 60 dias do Diretório
Municipal. Ocupantes de cargos em comissão na Prefeitura de Goiânia,
indicados pelos dois vereadores, teriam sido exonerados em retaliação
aos votos dos vereadores. No post aí embaixo há mais informações
sobre esse quiproquó, inclusive com links para outras matérias
relacionadas ao tema.
Se
a coisa para a chapa petista que concorre ao cargo de governador
nestas eleições cuja votação será realizada no próximo domingo
(5) não estava boa, ficou pior um tantinho com a renúncia de
Tayrone. Segundo o vereador, "por ter absoluta certeza de ter
feito o correto, somada a falta de apoio do partido, sinto que,
suspenso dentro do próprio PT, por coerência, não posso fazer
parte da chapa que disputa o governo de Goiás".
Com
informações de
_______________________________________________________
Leia a seguir o pronunciamento do vereador Tayrone Di Martino:
"Olá!
Boa tarde a todos e todas presentes. Eu serei breve no anúncio que
farei.
É
pública a minha história como militante do PT em Goiânia. Sou
filiado desde os 16 anos de idade, e, a partir disso, participei
ativamente de todos os momentos, sejam os bons ou os difíceis. Como
militante, fui entusiasta de todos os avanços pelos quais o Brasil
passou nos últimos anos.
Creio
que todos acompanharam os fatos ocorridos na última semana, aqui na
câmara municipal. Votei contra as alíquotas que vão trazer o
aumento dos impostos territoriais em Goiânia.
Da
forma que foi feito, o projeto nos leva a um aumento “no escuro”
dos IPTU’s e ITU’s pagos pelos contribuintes, que já pagam
pesados impostos. Votei de acordo com a minha coerência, e em
respeito às pessoas que me elegeram vereador desta capital. Creio,
sim, que a arrecadação precisa melhorar. Mas isto deve ser feito
com diálogo e participação da sociedade!
A
insatisfação com os caminhos tomados pela atual administração de
Goiânia não é só minha. Basta andar pelas ruas da cidade para ver
que a população está cansada de tanto desmantelo. Eu fui eleito
para ser um vereador das pessoas, e não um vereador do prefeito,
que, aliás, também desejo que, no futuro, consiga ter sucesso na
administração, pelo bem da cidade.
O
meu voto e meu posicionamento demonstram a minha insatisfação com a
atual gestão municipal, que, por sua vez, destoa totalmente do que
deveria ser do jeito PT de governar. Logo o partido dos
trabalhadores, que implantou o orçamento participativo, se vê hoje
refém de uma postura sem diálogo.
Depois
de votar coerente aos meus princípios e às pessoas que me confiaram
esse mandato de vereador, sofri uma suspensão, injusta, no próprio
partido!
É
público, que comecei a sofrer retaliações dentro do PT, dentro do
meu grupo político, e também dentro da administração. Por ter a
absoluta certeza de ter feito o correto, somada a falta de apoio do
partido, sinto que, suspenso dentro do próprio PT, por coerência,
não posso fazer parte da chapa que disputa o governo de Goiás.
Minha
desistência é uma resposta pública a perseguição e retaliações
que tenho sofrido pela prefeitura e também pelo partido.
Sendo
assim, comunico a todos que renuncio do posto de candidato a
vice-governador na chapa do partido dos trabalhadores, e me dedicarei
exclusivamente ao mandato de vereador de Goiânia."
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