Pavimentação de qualidade duvidosa: Isso precisa mudar.

Chuvas caem para nossa alegria, mas os buracos tomam conta das ruas e avenidas das cidades brasileiras e de Trindade.



Choveu, buraco apareceu. Velhos e novos, bom dizer.
Se tem chuva, os buracos nas ruas, avenidas e rodovias deste Brasil de meu Deus não tardam a aparecer. É incrível isso! Felizmente, tem caído mais água do céu em nossa região. Afinal, precisamos desse precioso líquido que muita gente acreditava tratar-se de um recurso mineral inexaurível. Pelo que vemos no dia a dia, ainda há pessoas demais da conta pensando nessa direção e desperdiçando água a torto e a direito.

Pois a água que vem de cima cai no asfalto, viro enxurrada, encontra bocas de lobo entupidas, fica sem ter lugar para escoar bem, não consegue entrar pela terra a dentro, pois a impermeabilização dos solos urbanos é uma realidade dura, e deteriora as pistas sobre as quais circulamos todos nós. A grosso modo é mais ou menos isso que a gente vê acontecer à nossa frente como quem vê cair uma folha da árvore e apenas observamos.

Mas por quê mesmo isso é assim? Choveu a buraqueira aparece. Longe de mim querer posar de especialista em engenharia de estradas ou coisa que o valha ou em técnico em pavimentação. Porém, até eu tenho condições de afirmar que a qualidade dos serviços asfálticos de que dispomos é ruim toda vida. Olhemos bem a situação das ruas e avenidas de Trindade, por exemplo. Basta começar a chover os buracos de sempre reaparecem e, claro, "nascem" outros novinhos em folha também.

A gente observa a espessura do asfalto é constata que a coisa é muita fina. Olhamos a situação da pista em algum pedaço menos esburacado e não tem como negar que a compactação da terra ali não deve ter sido objeto de um bom trabalho não. Além disso, o asfalto em muitos pontos da cidade é velho demais da conta. Quando foi feito não havia rede de esgoto e acabou sendo necessário esburacar a cidade para a instalação da tubulação, convém lembrar. Daí, os remendos fizeram com que aquela pavimentação nunca mais prestasse.

Fazer a manutenção das pistas esburacadas não custa barato ao contribuinte pagador de impostos, sabemos todos. Mas cadê os recursos para retirar o que não presta mais e fazer de novo e com melhor qualidade? A propósito, onde estaria a coragem dos gestores públicos para decidir por uma ação dessa envergadura? É complicado porque certamente haveria a politização da coisa toda. Não faltaria alguém para dizer que enquanto se gasta onde já tem asfalto, ninguém cuida das inúmeras outras ruas e avenidas de bairros periféricos ainda em chão batido.

Mas será que alguém já contabilizou o quanto tem custado ao bolso da Viúva as despesas com os remendos que se precisa fazer neste asfalto que se assemelha a um tecido roto? Certamente estaremos diante de uma cifra daquelas bem robustas. Mas não nem o povo nem os políticos estão muito preocupados com isso de economia ou gasto mais racional de dinheiro público coisa nenhuma. E assim vamos nós assistindo a essa forma perdulária de se gerir o setor de infraestrutura das cidades brasileiras e goianas inclusive.

Mesmo o asfalto novo tem seguido o mesmo padrão de qualidade questionável. Uma rua acaba de ser pavimentada vem uma chuvinha qualquer e leva o material fazendo aparecer no lugar verdadeiras crateras. Veja aqui o que aconteceu dia desses numa rua do Setor Ana Rosa que foi asfaltada recentemente. Alguma coisa precisa mudar na forma de se pavimentar as ruas e avenidas das cidades. Não é possível mais convivermos com uma realidade dessas. Os recursos, dinheiro principalmente, são escassos e precisam ser empregados com mais racionalidade e eficiência.

Quase não tomamos conhecimento de debates em Trindade a respeito desse tipo de assunto. As entidades representativas da sociedade civil permanecem silentes, assim deitadas em berço esplêndido. Justiça seja feita que o Rotary Club, sob a presidência de Sandra Gonçalves Dias, dedicou especial atenção à discussão sobre assuntos de interesse da cidade, como o que fazer para se chegar ao desenvolvimento econômico e social. Imagino que seria extremamente salutar se houvesse mais iniciativas desse tipo na cidade.

De qualquer forma, fica registrada aqui a preocupação deste blog com um tema que julgamos ser do maior interesse para os trindadenses. Afinal, estamos tratando de um item que representa muito bem o desenvolvimento de qualquer lugar, pois tem a ver com a infraestrutura de transportes. Quem não cuida bem disso, certamente terá problemas e sérios pela frente.


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