E as calçadas de Trindade continuam sendo ocupadas por comerciantes.
Apesar
da recomendação do Ministério Público à Prefeitura de Trindade
para desocupar as calçadas, nada aconteceu ainda neste sentido.
E
a dificuldade para o sujeito caminhar pelas calçadas das principais
ruas e avenidas de Trindade continua, apesar da anunciada decisão do
Ministério Público, no final do ano passado, que acionou a
Prefeitura Municipal para que seja promovida a desocupação desses
espaços atualmente na maioria das vezes utilizados indevidamente por
comerciantes da cidade. Demos uma notinha a respeito, o tempo passou
e tudo continua como dantes no Quartel de Abrantes. Veja aqui.
Essa
questão de se garantir mobilidade urbana é coisa séria, menos para
quem utiliza sua própria calçada como bem lhe dá na telha. Se
andar pelas calçadas da “Velha Trindade da fé e do amor” é
coisa um tanto arriscada para quem está bem das pernas, imagine para
aquelas pessoas portadoras de necessidades especiais, que se utilizam
de próteses, muletas, bengalas, cadeiras de rodas, por exemplo. É
complicado e pode se tornar inseguro demais da conta.
Regiane Pereira, da Adeftrin. |
Regiane
da Silva Pereira, presidente da Associação dos Deficientes Físicos
de Trindade (ADEFTRIN), defende a imediata liberação das calçadas
das ruas e avenidas da “Capital da fé”, pensando justamente na
mobilidade urbana. “Sou totalmente contra a ocupação das calçadas
pelos comerciantes ou qualquer outra pessoa como vem acontecendo em
Trindade. Aqui não temos segurança para nos locomover e muitas
vezes temos que transitar pela rua mesmo por causa dos obstáculos
que são colocados nas calçadas”, declara Regiane Pereira.
Convém
salientar que na prática nada mudou até agora em relação à
desocupação das calçadas. Pelo contrário, temos visto é o
surgimento de outros estabelecimentos comerciais que se utilizam de
toda a extensão da calçada para atender aos clientes. E não se
trata apenas de bares não. Tem açougue nas imediações da
Rodoviária de Trindade que simplesmente ocupa toda a calça como se
aquilo ali fosse parte integrante do prédio onde o negócio
funciona. E assim a coisa segue.
A
legislação em vigor garante ao proprietário ou locatário do
imóvel o direito de usar parte da calçada, mas não toda a sua
extensão como ocorre por aqui. Acho que esse costume vem da prática
do pessoal alugar calçadas para vendedores no período da Festa de
Trindade. E isso rende uma boa grana para os donos de imóveis na
região central da cidade. Dessa forma, as pessoas parece que os
trindadenses se sentem no pleno direito de obstruir as calçadas como
bem desejar. E a autoridade municipal tem sido de uma leniência
total em relação a isso. Logo, os caras não estão nem aí se o
pedestre não tem segurança ou fica impedido de transitar livremente
pelas calçadas da cidade.
Onival Corrêa: Secretário. |
Dia
desses conversamos com o secretário municipal de Planejamento Urbano
e Habitação da Prefeitura de Trindade, Onival Corrêa de Azevedo,
sobre o estágio em que se encontra a recomendação do Ministério
Público para a promoção da desocupação das calçadas. Bem, o
secretário afirmou que havia um prazo a ser observado e que se
encerrou no final do mês passado e alguma ação deverá ser tomada
por parte do poder público municipal em breve. Vejamos se realmente
algo irá acontecer.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.