Crise hídrica é a atual falta d'água pura e simples no Brasil.

A seca no Sudeste brasileiro deve servir de alerta para todos nós consumidores de água que desperdiçamos e exageramos no uso do líquido essencial à vida.

Barragem do Ribeirão João Leite:
Foto do www.goianiabr.com.br
É preocupante essa falta d’água no Brasil, em especial em São Paulo e igual perspectiva para o Rio de Janeiro. O baixo nível de água no Sistema Cantareira que abastece os paulistanos e do Rio Paraíba do Sul, principal fonte da população fluminense, caminham para o esgotamento, segundo a gente tem visto em reportagens nos últimos dias. Mesmo chovendo as águas permanecem ainda num patamar beirando o alarmante, vale a pena notar.
Diante de um quadro assustador como o que estamos vendo, seria lógico que as pessoas dos lugares onde a falta d’água ainda não se instalou estivessem mais ligadas em tomar alguma providência, com o objetivo de se precaver, evitando ao máximo repetir um padrão de consumo como se este líquido mineral essencial para a vida fosse um recurso natural renovável ad eternum. Claro que estou me referindo a nós, os goianos, sobretudo quem mora aqui na região do Aglomerado Urbano de Goiânia, que somos abastecidos pelo Lago do Ribeirão João Leite.
Se está acontecendo crise hídrica, eufemismo para falta d’água, em lugares como São Paulo, deve ter havido descuido dos gestores do abastecimento, desperdício dos consumidores, além das mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo, embora a gente teime em achar que está tudo normal e não tem essa de mudança no clima, no tal de regime de chuvas, sei lá. Mas o fato é que a gente não percebe tanta abundância de chuva, e faz tempo.
E sabe que há uma coisa prestes a acontecer por essas bandas? Tem gente operando nos bastidores políticos para, na prática, conseguirem autorização para lotear até às margens do Lago do Ribeirão João Leite e dos afluentes que cortam municípios vizinhos. Exagerei demais? Acho que não. Políticos e empresários geralmente estão se preocupando muito pouco, parece, com essa questão ambiental que é seriíssima, principalmente no tocante à água. Clique AQUI e saiba mais um pouquinho a respeito do desejo de alguns municípios conseguirem expandir suas respectivas áreas.
Acho que se for feita a Revisão do Plano de Manejo da Área de Preservação Permanente (APA) do Ribeirão João Leite, que interessa a municípios como Campo Limpo de Goiás, Goianápolis e Terezópolis de Goiás, logo, logo teremos construções até às margens de afluentes do Ribeirão João Leite, e sobretudo no lago mesmo. O que deve ter de gente querendo ter sua casa com píer e tudo o mais a fim de garantir lazer e diversão aquática naquele lugar não é brincadeira.
Contar com um elevado nível de conscientização das pessoas em relação ao perigo de se gastar água à toa ou além do necessário não é muito conveniente nem produtivo, conforme a gente percebe, e isso faz tempo. No geral, o sujeito que possui dinheiro para tanto, pensa mesmo é em si, no seu objetivo direto, digamos, ter sua casinha e ao fundo um belo lago (O Lago do Ribeirão João Leite, por quê não?) para curtir as delícias do lazer náutico; e quase dentro de Goiânia. Aí seria bom demais da conta!
Os adultos já criaram um padrão de comportamento frente ao consumo de água que é preciso mudar, quanto a isso não há dúvida alguma. Agora, em relação às gerações mais jovens, é bem mais factível trabalhar o desenvolvimento de uma conscientização pautada no uso racional e equilibrado da água e isso, acredito, passa pela família, evidentemente, e pela escola. Crianças e jovens devem ter receber informações das consequências do desperdício de água e do seu uso exagerado visto que a possibilidade de vermos mananciais secando por aí é algo muito real, que está à nossa frente, não dá mais para brincar com isso.


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