E a sensação de insegurança pública continua.

Onda de furtos em casas lá em Quirinópolis e em Trindade também. Divino Pai Eterno, olhai por nós...



Leio no jornal O Popular de hoje (sexta-feira, 6), logo na página 2, que o bicho está pegando em Quirinópolis, na região sudoeste de Goiás. Moradores estão padecendo dos males da ação da bandidagem cada vez mais ousada, sem medo, quase certa de que não sofrerá punição. Principalmente, se o cabra for menor de idade. Matéria da repórter Rosana Melo destaca onda de furtos em residências dos quirinopolinos.

Simone Casemiro Campi, delegada em Quirinópolis, segundo nos conta a reportagem do jornal da família Câmara, admite um “aumento considerável” nas ocorrências de furtos a residências, roubos e homicídios. No ano passo foram registrados naquela cidade 38 assassinatos e agora em 2015 já estão computados 6 casos. Mas se servir de consolo para o pessoal daquele município, vale notar que a coisa está feia pra toda banda.

Ainda há pouco estava conversando com um amigo que mora em Trindade, a fim de saber das notícias dele a da família, quando me informou de acontecimentos tristes. Nos últimos 15 dias ele teve a casa “visitada” duas vezes por ladrões que provocaram prejuízo aí de, mais ou menos, uns 10 mil reais. Claro, os bandidos nessas ocasiões sempre reviram tudo e os caras conseguem encontrar coisas de valor. Parece que os meliantes estudam direitinho as vítimas antes de agir.

Tem também os muitos e muitos casos de roubos de carros praticados pela bandidagem da “Capital da fé”, convém salientar. Quantos relatos de gente que teve o carro surrupiado por bandidos agindo à luz do sol, no centro da cidade já ouvimos? O sujeito está entrando em casa, vem o marginal atrás, na garupa de uma moto, arma em punho, dá voz de assalto e lá se vai parte do patrimônio. Isso ocorre demais também aqui na “Velha Trindade, da fé e do amor”, sabemos todos disso.

E a sensação de impotência do sujeito nessas situações é algo devastador. É preciso ter muito calma e fé em Deus para não fazer bobagem. O bandido entra na sua casa, pinta e borda, como se diz e se for preso logo, logo, volta pra rua. Há relatos de vítimas de furtos que chegaram à Delegacia de Polícia para registrar a ocorrência ao mesmo tempo em que o marginal, mas acabou ficando no local mais tempo que o dito cujo, diante das formalidades burocráticas necessárias. Não dá para negar, tem algo de errado na legislação penal brasileira e na sua aplicação.

Quantas vezes também a imprensa mostrou entrevistas de policiais militares aqui de Goiás declarando que prender ladrões, bandidos, está parecendo exercício de “enxugamento de gelo”. Nunca termina. Já ouvi policial dizer, em off, que está cansado de prender o fulano de tal, inveterado marginal, que não permanece no xilindró mais do que alguns dias, e que o danado ruim retorna à liberdade para praticar novos crimes rapidinho. É essa a nossa realidade assim nua e crua.

A sensação de insegurança não é apenas sensação e a causa certamente não reside na veiculação de reportagens sobre a violência urbana nossa de todo dia, como tem autoridade da Segurança Pública afirmando por aí. Se fosse assim, bastaria que a mídia parasse de dar notícia ruim para a vida real tornar-se o céu na terra. Definitivamente, do jeito que a coisa anda é que não pode ficar. É errado que a gente de bem fique aí erguendo muros das casas, instalando sistema de segurança privada, monitoramento eletrônico em tempo integral, contratando seguranças (quem pode, é claro), enfim, pois a obrigação de garantir segurança pública é do Estado. Logo, são as autoridades que devem, isso mesmo, devem fazer o sistema funcionar em favor do cidadão de bem. Eis aqui a minha opinião, que conta pouco, muito pouco, quase nada.


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