Pensando em ir ao estádio ver Trindade e Goiás.

Hoje acontecerá a 6ª rodada do campeonato goiano de futebol, mas a coragem deste blogueiro para ir ao Estádio está em baixa.


E eu aqui em casa, no conforto do meu lar, praticando com afinco a arte de fazer nada, na manhã deste domingo (22). Sabe que estou meio que comemorando o fim do Horário Brasileiro de Verão 2014-15? Pois é. Apesar do pessoal do Ministério das Minas e Energia garantir que no período de vigência houve uma redução de 4,5% no consumo de energia elétrica nas regiões abrangidas (Centro-Oeste, Sudeste e Sul), no horário entre às 18h e 21h. No ano passado, técnicos do setor energético deste Brasil de meu Deus juraram de mãos justapostas que 405 milhões de reais foram poupados no consumo de energia durante o horário de verão daquele ano.

Mas vá lá que eu devia ter aqui um comportamento, digamos, um tantinho mais patriótico e politicamente antenado ou solidário com as autoridades governamentais diante das dificuldades atuais de produção de energia elétrica no país em que as chuvas tornaram-se escassas e o nível das represas das grandes hidrelétricas caiu demais da conta. O que foi dar no aumento absurdo das tarifas, diga-se. E faz tempo que não se conclui obras de novas hidrelétricas nem se consegue mexer na tal da matriz de produção de energia do Brasil. Daí que as perspectivas não sejam muito bacanas coisíssima nenhuma.

De uma vez por todas e mesmo olhando tudo isso que está dito aí em cima, digo para os internautas que de vez em quando dão uma espiadinha aqui neste blog, o seguinte: Horário de Verão, já vai tarde! Esse negócio de deitar à noite e acordar enquanto ainda há aquele breu total em que a gente sai de casa como se estivesse indo trabalhar no período noturno, não está com nada. E acho ainda pior ver crianças caminhando em direção à escola sem que o sol tenha aparecido ainda. Por essas e outras, outra vez, “bye, bye, horário de verão!”

Mas onde é mesmo que eu estava? Ah, sim! Deitado no sofá da minha sala sem fazer nada. Embora o televisor estivesse ligado, nem me lembro o que esteve sendo exibido. Mas pensava, amigo. E feito aquele outro lá da Filosofia, “se penso, logo existo”. Será mesmo? Há controvérsias, evidentemente. Mas não vem o caso, porque existindo de fato ou pensando que existo, no momento me passava pela cabeça a ideia de ir hoje à tarde ao Estádio Abrão Manoel da Costa, assistir à partida entre Trindade e Goiás, valendo pelo Goianão 2015.

Às vezes, somos tomados por cada pensamento esquisito, né? Sair de casa, pagar R$ 30,00 para assistir à partida de futebol que será transmitida pela TV Anhanguera, correndo o risco de ficar sob sol inclemente ou a chuva tão desejada nos últimos meses, sujeito a levar um solavanco qualquer na arquibancada, realmente eis uma prova de que “de perto ninguém é normal”, como cantava aquele cara lá da Bahia, terra boa toda vida. Meu amigo José Carvalho da Silva, o Zezinho, me convidou para este programa de fim de tarde de domingo, mas considerando prós e contras, decidi que vou fazer outra coisa.


Tabela de classificação do Goianão 2015 até a 5ª rodada.

O pouco que tenho visto de futebol, sobretudo do goiano, não me tem despertado grande vontade de ir ao estádio não. Neste domingo haverá a 6ª rodada do campeonato. As partidas são todas no mesmo horário, às 16h. Crac e Caldas Novas, no Genervino da Fonseca, em Catalão. Grêmio e Goianésia, no Jonas Duarte, em Anápolis. Itumbiara e Aparecidense, no Estádio JK, em Itumbiara. Trindade e Goiás, no Estádio Abrão Manoel da Costa, em Trindade. E na segunda-feira (23), Atlético e Anapolina, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, fechando a rodada. Veja a tabela de classificação do Goianão 2015 acima.

Mas não estou sozinho nessa preguiça de ir aos estádios no atual campeonato goiano. Basta notar o público pagante das partidas já disputadas que será possível comprovar a veracidade de tal afirmação. Por exemplo, na quinta-feira (19), o Atlético 1 X 1 Caldas Novas aconteceu em pleno estádio Serra Dourada em Goiânia, para apenas 623 torcedores pagantes, gerando uma renda de R$ 5.750,00. E os números são muito parecidos em todos os estádios de futebol em Goiás. Penso que os gestores de clubes e das federações precisam se atentar para os rumos pelos quais estão conduzindo essa importante modalidade esportiva no Brasil. Menos público uma hora ou outra vai levar os anunciantes a pensar se realmente vale a pena botar tanto dinheiro nesta modalidade.

E depois de ficar matutando a respeito de ir ou não ao estádio, sabe que acabei decidindo por ficar quieto em casa e aguardar para ver se daqui a pouco a qualidade do futebol em campo melhora ou eu mesmo me animo mais um pouco para dar o ar da graça nos campos daqui “do” Goiás. Vamos ver, né? De toda forma, tomara que as coisas aconteçam em paz nos estádios, haja mais futebol de qualidade em campo e menos violência nas arquibancadas, e que os torcedores, principalmente aqueles das torcidas organizadas, estejam a fim mesmo é de apenas torcer pelo seu time. É isso aí!





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