Marconi pretende terminar cedo sua carreira, informa Jarbas Rodrigues.
Vitorioso
na disputa por 7 mandatos, Marconi fala em abrir espaço para novas
lideranças.
Na
coluna Giro, do O Popular, edição de sábado (28), página
2, sob a batuta do jornalista Jarbas Rodrigues Jr, eis que me deparei
com uma notinha legal que está na imagem acima. O título é
“Indireta?” Nas 5 linhas da nota ficamos informados que o
governador tucano Marconi Perillo, vivendo agora o início do seu
quarto mandato à frente do Governo de Goiás, falou sobre a
disposição de “terminar cedo na política para abrir espaço a
outras lideranças”. Será? Em tempo, vale prestar atenção na
outra notinha “15 milhões”... de votos, gente.
É
muito difícil um político se afastar nas tricas e futricas dessa
atividade assim. Lembro-me muito bem de que o ex-prefeito de
Trindade, Valdivino Chaves (PSD), gosta de dizer que “política só
tem porta de entrada”. Parece que é verdade isso aí. Mesmo
perdendo disputas eleitorais o político acaba sempre participando do
processo político de uma forma mais direta (disputando votos) ou
indireta (pedindo votos para alguém), sobretudo nas temporadas
eleitorais.
Mas
seria interessante se o governador Marconi Perillo realmente adotasse
tal posicionamento, concluísse o atual mandato e passasse a ser,
digamos, uma espécie de líder, conselheiro, orientador, do seu
grupo político. Dessa forma, imagino, seria até um incentivo para
que ele pudesse tentar um projeto nacional inclusive. Mas a
dificuldade de tal coisa acontecer, vale salientar, tem a ver com a
disposição dos apoiadores do político também “comprarem” essa
ideia. Os caras que gravitam em torno de um líder bom de voto querem
estar sob a sombra, ora pois.
Veja
o caso do Iris Rezende (PMDB), por exemplo. Claro que ele dá toda a
pinta de que gosta mesmo de política e de protagonizar disputas
eleitorais. Perdendo ou ganhando, o cara tem um fôlego invejável.
Ainda nem bem termina uma peleja, e pelas ações dos seus principais
apoiadores, já se fica sabendo que o nome de Iris está mais do que
disponível para novas empreitadas político-eleitorais. Não é isso
aí a que estamos assistindo agora? Iris perdeu de novo para Marconi
as eleições para governador de Goiás, em outubro de 2014, mas os
políticos ligados ao peemedebista não falam de outra coisa: Iris
será candidato a prefeito de Goiânia, em 2016. Lógico, que ele não
será candidato dele próprio, mas, sim, de um grupo que faz de tudo
para manter Iris na ativa. Por essa simples razão, fica complicado
haver renovação naquelas bandas, né?
Retomando
para terminar, vamos ficar de olho na política goiana e não vai
demorar muito para a gente saber se o teor da notinha era mesmo algo
pra valer ou apenas uma bicada do tucano no cacique peemedebista que
está na pista há mais de meio século, emitindo sinais de que tão
cedo pretende deixar o principal posto de líder político, na
oposição, de Goiás. Quem viver, verá.
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