Vandalismo no CMEI Maria Pedro de Jesus em Trindade

A suspeita é da ação de vândalos ou ladrões


CMEI destruído parcialmente por incêndio neste domingo.
Em pleno domingo a equipe gestora da rede municipal de Ensino da Prefeitura de Trindade foi retirada do descanso semanal por causa de incêndio no Centro Municipal de Educação Infantil Maria Pedro de Jesus, localizado na Vila Maria, região Oeste da "Capital da fé". A coisa teve sérias proporções para a situação do prédio onde, mais ou menos, 110 crianças, de idades de 1 a 5 anos são atendidas de segunda-feira à Sexta-feira, durante o dia, em período integral.

Não faz muitos dias as escolas Modelo e Menino Jesus também receberam as indesejáveis visitas de ladrões que levaram de um tudo, alimentos da merenda escolar inclusive, prejudicando o funcionamento de locais onde as famílias deixam seus filhos para cuidarem da vida, trabalhar e, assim, honestamente, ganhar o pão nosso de todo dia. E o pior de tudo é que esses malandros, não raras vezes, não ficam contentes em apenas furtar, roubar, mas depredam e até incendeiam esses lugares. É um absurdo total.

No ano passado, em junho, um jovem morreu enforcado entre os vidros da janela da Escola Municipal Modelo, na Vila Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, quando tentou fugir do local após praticar furtos naquele estabelecimento, vale lembrar. É só clicar aqui e se assustar com as imagens que são fortes. Ou seja, os caras não têm medo de nada mesmo não. Quando querem fazer o mal, se esquecem de tudo e muitas vezes até perdem a vida, mas isso não intimida os demais nem serve de exemplo. Infelizmente.

Prosseguindo, vizinhos do CMEI Maria Pedro de Jesus relataram que, por volta das 14h20 deste domingo (14/6), ouviram um forte barulho, “parecendo que algo estava explodindo”, afirmou uma pessoa que preferimos não mencionar o nome aqui. Por telefone, o Corpo de Bombeiros foi acionado por moradores da vizinhança, mas quando a equipe comandada pelo Sub-Tenente Reginaldo chegou ao local, o fogo havia provocado uma grande destruição.

Eva Eny, secretária municipal de Educação de Trindade.
Os pontos mais críticos atingidos das instalações do CMEI Maria Pedro de Jesus pelo incêndio foram o Berçário onde as crianças permanecem em repouso quando lá estão e a Secretaria do estabelecimento. A cozinha teve a porta arrombada enquanto que duas janelas também foram violadas pelos vândalos. Ou seja, ainda bem que no fim de semana ninguém estava por lá naquele horário. E os servidores quando chegaram ao local encontraram um litro de álcool mexido sobre uma carteira, na lavanderia, e uma caixa de fósforos caída no piso do espaço de recreação dos alunos. E isso levantou a suspeita de que o incêndio foi intencional por parte de quem arrombou janelas e a porta da cozinha da creche.

A secretária municipal de Educação, Eva Eny Junqueira, desolada, nos acompanhou e mostrou os estragos realizados pelos vândalos. “Isso aqui vai demorar para ser reformado completamente, pois vai ter que se fazer licitação, e estava tudo tão bem-arrumado. É uma pena isso”, afirmou, consternada, a secretária Eva Eny. Na sequência, a gestora seguiu para a Delegacia de Polícia Civil em Trindade para lavrar a ocorrência do ato criminoso contra o patrimônio público municipal.

Mas porque os marginais estão invadindo escolas e creches com uma frequência preocupante? Bem, nesses locais há sempre equipamentos como retroprojetores, computadores, notebooks, televisores, além de alimentos utilizados na merenda escolar. E esses bandidos não estão nem aí se ao praticarem atos assim prejudicam crianças cujos pais precisam, repetindo, de trabalhar e necessitam deixar os filhos sob os cuidados de gente responsável e competente como os profissionais da rede municipal de ensino. É lamentável uma coisa dessas.

Além dos atrativos materiais, geralmente as Prefeituras Municipais não colocam segurança pessoal trabalhando nesses locais. Afinal de contas, todos os gestores hoje em dia só falam em cortas gastos, sejam lá quais forem. E nessa aí, o patrimônio público acaba mesmo ficando desprotegido da ação de marginais de toda ordem. E é um caso há se pensar. O que se economiza ao não contratar vigilância acaba sendo gasto numa reforma como a que será necessária no caso em tela ou pela reposição de produtos alimentícios ou equipamentos eletroeletrônicos roubados vez por outra nas escolas e CMEIs da rede pública de ensino.

Agora é esperar que a polícia consegue elucidar o caso, encontrar o autor ou autores deste crime contra o patrimônio público em Trindade. Na sequência, é torcer que haja a punição cabível até mesmo para que isso possa, sabe-se lá, botar um pouco de cisma nessa bandidagem destemida, que sai por aí depredando o que bem entende. É isso aí!




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