Aumento no auxílio-creche para servidores do Ministério Público
Há dinheiro para uns servidores, mas falta grana para muitos outros
Cleomar Almeida, na Coluna Direito & Justiça,
no jornal O Popular, desta terça-feira (13), a respeito de benefícios aos
servidores do Ministério Públicos (MP) de Goiás e do Tribunal de Justiça (TJ)
de Goiás:
MP-GO aumenta
auxílio-creche
O
MP-GO aumentou em um terço o valor do auxílio-creche pago a seus servidores
efetivos que tenham filhos ou dependentes com necessidades especiais e idade
inferior a 12 anos. Diz instrução normativa do diretor-geral da Procuradoria
Geral de Justiça de Goiás, Frederico Guedes. O valor do auxílio é R$ 617,10,
conforme portaria publicada em 2013, e subiria para R$ 822,80 aos servidores
que comprovarem o que prevê a instrução. O benefício foi regulamentado pelo
MP-GO em 2008, mas seu valor e existência não são especificados no Portal da
Transparência do órgão. É incluído entre as indenizações, para as quais a
página só mostra a legenda: “auxílio-alimentação, auxílio-transporte,
auxílio-moradia, ajuda de custo e outras despesas dessa natureza, exceto
diárias, que serão divulgadas no Portal da Transparência.”
Servidores do TJ-GO
pedem benefício
Servidores
do Judiciário goiano ainda cobram o auxílio-creche. No caso deles, a proposta
inicial prevê pagamento de R$ 450. A cúpula do TJ-GO já incluiu a proposta em
pauta de julgamento da Corte Especial, mas recuou no dia 22 de outubro do ano
passado, três dias depois de a coluna revelar que o projeto estava na
presidência.
Comentário
Nada
contra remunerar bem os servidores do Ministério Público de Goiás e os do
Tribunal de Justiça, considerando-se o fato de tratar-se de profissionais
preparados, dedicados, competentes e que fazem com que o Serviço Público cumpra
sua missão de servir bem à população. A questão é que a estrutura do Estado
privilegia algumas categorias quando da concessão de benefícios materializados
nos contracheques dos servidores em detrimento de inúmeras outras. Atualmente
no governo federal há forte restrição quando se fala em reajuste salarial ou
correção de valores pagos aos trabalhadores de várias categorias do
funcionalismo que, a propósito, estiveram em greve até a quarta-feira (7) da
semana passada, caso dos servidores da Previdência Social e do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). E no próprio Governo de Goiás continua em
cartaz, sem data para sair de cena, a reclamação dos servidores da Educação e
Segurança Pública em relação à falta de reajuste nos holerites. Por que há
dinheiro para umas categorias e inexiste grana para outras? Ó dúvida cruel! É
isso aí!
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