Calor demais da conta na “Capital da fé”
E
o blogueiro acha que a alta temperatura tem a ver com o descuido com
o meio ambiente
E
esse calor, gente? Sensação térmica à sombra agora aqui em
Trindade é de 40 graus, pode botar fé. Divino Pai Eterno! E o pior
de tudo é verificar por aí que o pessoal continua detonando o meio
ambiente mesmo, sem dó nem piedade. Ou seja, a temperatura deve
continuar em sua trajetória ascendente, “rumo ao espaço, ao
infinito”. Misericórdia!
Município
com pequeno manancial para abastecer sua população que ronda, hoje,
os 117 mil habitantes (projeção do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE) com aquele líquido essencial à
vida, os trindadenses não se distinguem por cuidar bem das águas
daqui não. É meio que uma característica do povo, sei lá. Ser
humano é assim mesmo, especialmente os brasileiros que sempre
enxergam no outro, no comportamento da outra pessoa, a razão de ser
dos problemas que afligem o coletivo.
Dia
desses eu estava observando que desmataram até à margem de um
ribeirão da zona rural da “Velha Trindade da Fé e do Amor”. Se
bobear os donos de terras fazem loteamento inclusive das nascentes.
Um local de minas d'água ali nas proximidades do Portal da Fé, no
início da Avenida Raimundo de Aquino, entrada da cidade, deveria
receber, penso, o maior cuidado do poder público, quem sabe até
transformando aquilo em Parque Municipal, daqui a pouco não ficarei
assustado se construírem mais prédios por lá. É isso.
Os
limites da zona urbana de Trindade foram expandidos e o pessoal que é
dono de terras só pensa em lotear, vender, ganhar dindin, e a cidade
segue num crescendo sem que, em contrapartida, se perceba preocupação
com o planejamento dessa maior ocupação territorial. E é normal o
interesse pelo negócio da parte do comprador, porque “quem compra
terra nunca erra”, ensina a sabedoria popular, não é verdade?
Agora,
essa expansão aliada ao pouco comprometimento das pessoas com a
preservação do meio ambiente, em especial com as nascentes e os
próprios cursos de alguns córregos e ribeirões daqui, sinalizam a
possibilidade de termos sérios problemas no futuro nem tão distante
de todos nós. Se a Prefeitura de Trindade tem limitações para
cuidar das ruas e avenidas dos atuais bairros, pense bem como é que
a coisa deve ficar com esse crescimento que estamos vivenciando.
Depois nem vai adiantar se queixar ao Bispo ou ao Padre, vale
registrar. Até porque, “as consequências vêm depois”. Eita!
Mas
eu estava falando mesmo era do calor, né? Que coisa! Acho que a
temperatura elevada aqui está me deixando de miolo mole demais e
acabei meio que viajando na maionese. Afinal, o que terá a ver o
crescimento sem planejamento da cidade a que chamamos carinhosamente
de a “Capital da fé” com esse calorão infernal que estamos
sentindo ultimamente?
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