Ministério Público move Ação Civil Pública contra o prefeito de Trindade, Jânio Darrot
Irregularidades
no aterro sanitário da “Capital da fé” levaram o promotor de
Justiça denunciar o prefeito municipal
Prefeito Jânio Darrot: Alvo de ação civil. |
O
Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deu entrada em Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa ambiental contra
o prefeito de Trindade, Jânio Carlos Alves Freire, Jânio Darrot
(PSDB). O motivo apontado na Petição Inicial de 32 páginas, de 23
de novembro deste ano, e assinada por Delson Leone Júnior, Promotor
de Justiça e Curador do Meio Ambiente, tem a ver com negligência da
atual administração municipal em relação à “situação no
aterro sanitário do município, que atualmente está irregular,
gerando prejuízos ao meio ambiente e à sociedade”.
O
autor da ação civil em questão pede que sejam aplicadas ao
prefeito Jânio Darrot as penalidades estabelecidas pela Lei de
Improbidade Administrativa, quais sejam, a perda da função pública,
a suspensão dos direitos políticos, pagamento de multas e proibição
de contratar com o poder público. Isso, claro, havendo condenação
por parte do poder Judiciário. Agora, não resta dúvida que a coisa
é muito séria, uma dor de cabeça e tanto para o chefe do poder
Executivo trindadense.
Apesar
dos anúncios feitos no ano passado pela Prefeitura de Trindade
informando à população que o município havia se livrado do
“lixão”, a coisa só ficou naquilo mesmo, ou seja, na propaganda
tida como enganosa, pelo MP-GO. A “Capital da fé”, sempre de
acordo com a denúncia do promotor Delson Leone, “não possui uma
política definida quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos” e isso está em desacordo com a legislação ambiental,
embora o Ministério Público já tenho notificado a Prefeitura
Municipal enquanto que fiscalização pós-licenciamento realizada
pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Secima) apurou diversas
irregularidades no local. E para piorar a coisa toda, a licença do
aterro sanitário estava vencida desde outubro de 2009 e a conclusão
apontada pelo relatório final é a de que o local é um lixão e não
aterro sanitário.
O
MP-GO notificou o prefeito de Trindade e abriu prazo para
providenciar as adequações do local, dentro do que estabelece a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas nada foi feito pela
administração municipal para sanar os problemas. Com o isso, o
prefeito estaria agora na condição de agente público que praticou
ato improbo, pois “sempre esteve a par dos seus deveres como chefe
do Executivo, em zelar pela proteção do meio ambiente e da saúde
de sua comunicada, e não adotou as providências que lhe cabia”,
escreveu o autor da petição.
Por
telefone, falamos com Sérgio Ferreira de Freitas Araújo, Procurador
da Prefeitura de Trindade, sobre a Ação Civil Pública em tela. O
procurador informou que o “prefeito ainda não tomou conhecimento
da ação e deverá apresentar sua defesa no momento oportuno”.
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