Prefeitura de Trindade assiste à expansão urbana da cidade
Loteamentos
vão surgindo no município ao sabor dos proprietários de terras
Novo loteamento em Trindade à margem da Rodovia dos Romeiros (GO-060) |
Tenho
reparado muito nesses novos loteamentos que estão aparecendo a todo
momento em Trindade nos últimos tempos. Os caras estão encolhendo
as ruas, não é verdade? Dia desses estava no Setor Monte Cristo e
constatei o problema das ruas estreitas demais da conta. Um caminhão
estava estacionado e ficou difícil passar ao lado em um carro da
marca Gol. Como é que a Prefeitura e seus órgãos aprovam um trem
desses, perguntei pra mim mesmo.
Quando
a gente passa, e passamos todo dia, na Rodovia dos Romeiros (GO-060)
vemos homens e máquinas trabalhando na abertura de ruas e avenidas
de um novo empreendimento imobiliário na “Capital da fé”. Já
deu para observar bem que ali teremos ruas e avenidas estreitas.
Parece que os caras pensam assim, menos ruas, mais lotes para
vendermos. E no final das contas o que importa é o dinheiro na conta
dos empreendedores, ora pois. Além do mais, o distinto público
compra mesmo, a Prefeitura aprova, então por quê não?
Não
é segredo para ninguém que os políticos não se cansam de
deteriorar o já combalido [mau] conceito que se tem em relação às
atividades dos mesmos. E sempre que vemos determinados loteamentos
com ruas estreitas e até mesmo, pasmem, sem fornecimento de água
pela concessionária do serviço, a Saneago, logo pensamos: Tem treta
nessa bagaça. Fazer o quê, né? Os camaradas entram para a política
e desandam a descuidar daquilo que deveria ser a principal
preocupação no exercício do mandato: fazer a defesa do interesse
público acima de tudo.
Enquanto
isso a cidade vai sendo expandida demais e sem planejamento algum por
parte da Prefeitura parece que deixa a coisa ir acontecendo ao
bel-prazer daqueles que têm dinheiro para comprar terrenos, dividir
a área em lotes e vender fácil, fácil, porque todos têm o sonho
de morar no que é seu. Daqui da minha ignorância, fico pensando que
o poder público municipal é que deveria ter as rédeas dessa
expansão em que a zona urbana segue crescendo e engolindo a zona
rural. E o pior são os vazios entre os bairros. Não há [estarei
enganado?] sinal da existência de um plano capaz de direcionar a
ocupação urbana na “Velha Trindade da Fé e do Amor”.
Se
a estrutura da Prefeitura de Trindade não é lá grande coisa para
cuidar do que já existe, podemos esperar maiores dificuldades da
municipalidade em atender à demanda por mais serviços de coleta de
lixo, de iluminação pública, de manutenção de asfalto, etc, etc,
etc nos bairros que estão nascendo agora. Não estamos falando que a
Prefeitura deveria impedir o surgimento de loteamentos não, mas é
preciso ter uma atuação mais racional inclusive para garantir a
oferta de melhores serviços públicos a todos.
É
lógico que vivemos no regime democrático de direito, com liberdade
econômica, o que garante aos empreendedores plenas de condições de
decidirem onde e como vão investir dinheiro e trabalho. Só que
estou defendendo aqui é a atuação da Prefeitura como ente
definidor das políticas públicas gerais e, dentre elas, deveria
estar algo a respeito da expansão urbana, orientações, critérios
enfim para fazer com que a cidade cresça com planejamento e não de
forma desordenada, aleatória, como parece ser o caso e não apenas
de hoje em dia. Simples assim, mas parece que até isso é pedir
demais.
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