Pessoal de olho na presidência da Câmara Municipal de Trindade
Vereadores da base
de apoio ao prefeito deixam plenário e não votam Orçamento para
2016
Vereadores da base do prefeito deixaram o plenário. |
Veja bem você,
internauta curioso das coisas da política trindadense, quais são os
nobres edis que estão aí, diria, não se engalfinhando, porém
disputando mais ferrenhamente a presidência da Câmara Municipal de
Trindade para os próximos 6 meses. Pelo lado, digamos, da oposição
“pero no mucho” segue o vereador Rildo Ferreira (PMDB) que vem
conversando amiúde com seus pares na tentativa de sagrar-se vencedor
nessa peleja. Lá pelas bandas da base de apoio ao prefeito Jânio
Darrot (PSDB), quem mais tem articulado é o vereador Agnelson Alves
(PV). Contudo, o vereador tucano Leobino Oliveira também demonstra
interesse na cadeira de presidente do Legislativo da “Velha
Trindade da Fé e do Amor”.
No meio da acirrada
disputa pelo posto de comando da Legislativo trindadense um trunfo
para quem deseja obter o apoio do prefeito Jânio Darrot (PSDB) nessa
peleja é a tramitação do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA)
para 2016. De um modo geral, os caras chegam ao Legislativo e se
comportam como meros auxiliares do chefe do Executivo e isso, convém
salientar, acontece no Estado e até no Congresso Nacional. Nas
eleições para a presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal
quase sempre o presidente acaba sendo o ungido pelo prefeito, e não
deveria ser assim. Afinal, os poderes devem funcionar com harmonia,
no entanto, havendo autonomia e independência entre eles. É, mas na
prática a teoria é diferente.
A propósito, na
sessão da Câmara Municipal de Trindade realizada agora há pouco
aconteceu algo interessante, curioso. Em post anterior falamos que a
sessão desta noite seria movimentada, não é verdade? E até que
não foi tanto assim. Os vereadores da base de sustentação do
prefeito Jânio abandonaram o plenário para evitar a votação do
projeto da LOA para 2016. Muito estranho isso, né? Situação
esquisita em que os aliados deixam de votar algo importante para a
administração, como é o Orçamento e só depois de sua aprovação
é que a edilidade pode gozar as delícias do recesso bem remunerado.
E por falar em
Orçamento do ano que vem, as receitas estimadas em 192,5 milhões de
reais, reservaram 4,1% deste total, ou seja, 8,0 milhões de reais,
como a grana total com a qual o presidente do Legislativo municipal
irá tocar a vida daquele poder ao longo de 2016. Mensalmente, caso a
Prefeitura consiga a proeza de arrecadar aquilo tudo que está
estimado, a Câmara trindadense receberá um duodécimo de uns 660
mil reais, todo santo mês. Vai entender esse pessoal da política
local.
Nos bastidores, a
temperatura política está alta e deve subir mais ainda até que o
prefeito resolva botar água nessa fervura toda, que é a vontade de
vereadores de sua base chegar à presidência do Legislativo
municipal. Suas excelências deviam, na visão deste modesto
blogueiro, valorizar mais os mandatos que conquistaram junto ao
eleitorado e lutarem pela autonomia e independência do poder do qual
são membros, em relação ao Executivo. Isso sim é o que se espera
dos vereadores no exercício dos respectivos mandatos.
Por quê cargas
d'águas botar prefeito no centro, ou melhor, como aquele que irá
bater o martelo em favor esse ou daquele postulante ao cargo de
presidente da Câmara Municipal? Isso é algo que avilta a
importância do papel do vereador que está lá definido pela Lei
Orgânica do Município, fiscalizar os atos do Executivo, analisar,
debater, aprovar ou reprovar as contas públicas da municipalidade,
dentre outras atribuições. Coisa que se faz mantendo-se a altivez,
a dignidade do cargo ao qual se chega somente pelo voto popular,
obtido em campanha eleitoral.
Posso estar muito
enganado, mas nos dias atuais o cidadão já demonstrou sua
reprovação a esse tipo de política que prioriza interesses
partidários, pessoais, relegando à desimportância total aquilo que
a população realmente deseja, anseia, precisa e tem todo o direito:
melhores serviços públicos, principalmente nas áreas da Educação,
Saúde, Urbanismo (limpeza, coleta de lixo, iluminação e
pavimentação) e Segurança. A politicagem não interessa à
cidadania. Seria bom que os nobres vereadores pensassem nisso. Ano
que vem haverá eleição... É isso aí!
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