A crise na economia que a gente percebe no comércio de carros novos
Levar
e trazer clientes gratuitamente e lavar carros na revisão está
virando coisa do passado
Há
poucos meses o sujeito ia a qualquer concessionária de carros em
Goiânia e recebia um tratamento, digamos, especial. O pessoal
oferecia aos clientes serviço grátis de transporte da loja até o
endereço do sujeito e vice-versa. Fazia parte do pacote do serviços,
por exemplo, a revisão periódica que consta do manual do usuário
de um carro novo, inclusive aquele trato no carango. Ou seja, eles
lavavam o carro de sua excelência, o cliente. Bons tempos aqueles,
viu? Tem concessionária que está reduzindo o quadro de empregados,
isso de lavar carro na revisão é passado, e o mesmo se pode dizer
do transporte gratuito dos clientes. Estes são os cortes visíveis,
imaginemos o que não deve estar ocorrendo no interior das empresas
do setor.
No
meio da queda da atividade econômica no Brasil, a indústria
automobilística vem passando por uma crise feroz. As vendas de
carros novos caíram absurdamente e, de novo, esse é o aspecto que a
gente enxerga mais facilmente, a olho nu. A propósito, dia desses
conversava com um amigo que trabalha nesse ramo de venda de carros
zero quilômetro e ele me contou que, antes da agudização da crise,
um bom vendedor de carros conseguia vender até uns 25 veículos no
mês bom. Hoje em dia, segundo aquele meu interlocutor, o cara tem
que suar a camisa para faturar uns 8 carros ao mês, e olhe lá.
Quando ouvi este relato confesso que achei que havia ali uma generosa dose de exagero, mas hoje ao levar o carro para revisão de rotina a uma tradicional concessionária goianiense, percebi claramente que a situação é mesmo de arrocho neste setor. E o pior é que em torno de um carro gravita uma série de empresas e profissionais cujo faturamento depende da movimentação desde as vendas nas montadoras, passando pelas concessionárias, chegando até aqui em baixo nas lojas de peças, acessórios e oficinas em geral. A coisa é muito mais séria do que alguns tentam mostrar nos meios de comunicação.
Quando ouvi este relato confesso que achei que havia ali uma generosa dose de exagero, mas hoje ao levar o carro para revisão de rotina a uma tradicional concessionária goianiense, percebi claramente que a situação é mesmo de arrocho neste setor. E o pior é que em torno de um carro gravita uma série de empresas e profissionais cujo faturamento depende da movimentação desde as vendas nas montadoras, passando pelas concessionárias, chegando até aqui em baixo nas lojas de peças, acessórios e oficinas em geral. A coisa é muito mais séria do que alguns tentam mostrar nos meios de comunicação.
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