Mobilização nacional contra o mosquito Aedes Aegypti
Aquele
mosquitinho que outrora transmitia somente a dengue tornou-se
polivalente e o governo agora se movimenta para combater sua
proliferação
Aedes Aegypti, o polivalente. |
Neste
sábado (13) está prevista uma verdadeira operação de guerra
contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue,
Chinkungunya e o Zika Vírus, este cuja ação no
organismo de gestantes está associada à ocorrência de microcefalia
nos bebês. Operação de guerra não é, digamos, pura retórica
não, uma vez que integrantes do Exército e da Força Aérea estão
sendo treinados para ajudar na vistoria de imóveis no Brasil
inteiro, Goiás inclusive.
O
governo federal está mobilizando desde a presidente Dilma Rousseff,
que estará amanhã no Rio de Janeiro, passando por ministros,
secretários-executivos dos Ministérios e várias outras autoridades
se deslocarão para todos os Estados do país. Nelson Barbosa,
ministro da Fazenda, tem agenda em Goiânia neste sábado, a fim de
acompanhar as ações de combate ao polivalente e que outrora foi
conhecido apenas como transmissor da dengue.
A
propósito dessa peleja toda com vistas ao combate ao Aedes
Aegypti que, vale destacar a visão do ministro da Saúde, Marcelo Castro, está vencendo a parada contra os brasileiros e suas
estruturas técnicas e burocráticas na área da Saúde Pública e
faz tempo, a Folha Press nos conta o seguinte. Veja a notícia
abaixo e em vermelho.
48%
é o crescimento dos casos de dengue no Brasil
Apenas
nas três primeiras semanas deste ano, o número de casos notificados
de dengue disparou a e já chega a 73 mil registros no País – um
aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado, quando
havia 49 mil casos.
Ao
todo, 15 Estados tiveram aumento no casos de dengue nos primeiros 20
dias de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015, ano em que
foi registrada a pior epidemia da doença no País.
Os
dados, que fazem parte de novo balanço do Ministério da Saúde,
reforçam a avaliação de que a dengue têm preocupado mais cedo a
cada ano.
Historicamente,
o auge dos casos de dengue ocorre próximo a abril. No último ano,
porém, o aumento começou a ser registrado desde outubro – e
disparou nos primeiros dias deste ano
os
casos são informados ao Ministério da Saúde por municípios e
Estados, após atendimento de pacientes nas unidades de saúde. A
doença é diagnostica por exames clínicos.
Apesar
de tudo, uma boa notícia
Enquanto
o número de casos mostra crescimento, o número de mortes diminuiu
no mesmo período. De 50 mortes no início de 2015, o número caiu
para quatro neste ano, uma redução de 92%.
Já
o número de casos graves de dengue ou com sinais de alarme –
quando a doença pode se agravar rapidamente – passou de 622 para
146 neste ano.
Na
“Capital da Fé” foram notificados 2.034 casos de dengue em 2015,
segundo informação da equipe de Comunicação Social da Prefeitura
Municipal de Trindade. Isto representou um crescimento de 25% em
relação aos números de 2014. O objetivo para 2016, vale destacar,
de acordo com planejamento da atual administração, é diminuir em
30% os casos de dengue neste ano.
Os
especialistas trabalham com a ideia de que 72% dos criadouros do
mosquito Aedes Aegypti concentram-se nos mais diversos tipos
de recipientes capazes de conter água, facilmente encontrados nas
residências das pessoas. Ações de órgãos públicos para limpar
imóveis tem sido comuns nos municípios, mas há sempre a
possibilidade de se deparar com casas e prédios fechados ou
simplesmente abandonados. E aí, como fazer o serviço?
A
estrutura da Prefeitura de Trindade e de qualquer outra localidade no
universo dos 5.570 municípios brasileiros e os 246 goianos, é um
fator que limita o alcance das ações de combate à proliferação
do mosquito transmissor da dengue, claro. De acordo com Hélio Pinheiro de Andrade, superintendente da Vigilância Epidemiológica
de Trindade, “temos aproximadamente 62 mil imóveis para vistoriar
e 70 agente em atividade. Isto significa um prazo de 60 dias para o
retorno do agente ao imóvel vistoriado”. Veja o tamanho do desafio
que o poder público municipal tem pela frente. Importante dizer que
a declaração de Hélio Pinheiro ocorreu numa reunião, no início
de outubro do ano passado, entre técnicos e gestores municipais com
representante do Ministério Público do Estado de Goiás.
E
por falar em dificuldades no combate ao mosquito da dengue, é sempre
bom salientar que a abordagem deste problema pelos órgãos oficiais
precisa mudar. Aquela prática do uso do fumacê a todo e qualquer
momento, segundo especialistas da área, fez surgir mosquitos mais
resistentes ao veneno, complicando ainda mais a eficácia do combate
à proliferação do Aedes Aegypti, evidentemente,
dentre outros aspectos como a falta de saneamento básico em muitas
cidades ou até o desleixo das pessoas. De qualquer forma, o momento
atual exige mesmo muita atenção do poder público e todos em geral.
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