NOVA ESCOLA fez a reportagem que a imprensa goiana deixou de lado

No caso das OS habilitadas pelo Governo de Goiás para assumir a gestão de escolas estaduais, uma delas, Inove, tem sede em Trindade e foi criada a menos de um ano


E o governo de Goiás, sob Marconi Perillo (PSDB), quer melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas estaduais transferindo a gestão das unidades, inicialmente 23 escolas, para Organizações Sociais. Políticos, burocratas e técnicos governamentais defendem que a simples adoção do compartilhamento de gestão de escolas irá produzir ensino de melhor qualidade.

A vontade e decisão do atual governo vai seguindo em frente e os principais veículos de comunicação goianos não se deram ainda ao trabalho de investigar melhor quem são as tais OS já habilitadas pela Secretaria de Educação e Cultura, qual a experiência no setor e as respectivas formações das equipes. Quem são os experts em gestão escolar que integram as tais OS?

A revista NOVA ESCOLA, da Editora Abril, São Paulo, foi atrás e publicou reportagem que transcrevemos abaixo uma parte, já informando o link para o inteiro teor da matéria AQUI.

Vale destacar que entre 10 OS analisadas pelos repórteres da NOVA ESCOLA, uma delas, a Inove, tem sede em Trindade, no Setor Sol Dourado. Veja a seguir e em vermelho:


Exclusivo: quem vai administrar as escolas de Goiás?


Investigação de NOVA ESCOLA revela cenário preocupante: organizações sociais recém-criadas, pouca experiência em Educação e indefinição sobre as equipes técnicas



A premissa do projeto de terceirização da administração de 23 escolas estaduais em Goiás é clara: nas mãos das chamadas organizações sociais - as OS, instituições privadas, mas sem fins lucrativos -, a gestão escolar ganharia eficiência, reduziria custos e melhoraria a qualidade do ensino. Mas um levantamento exclusivo de NOVA ESCOLA lança sérias dúvidas sobre a concretização desse cenário. O perfil exclusivo das 10 OS que disputam o edital do governo mostra empresas com menos de um ano de vida, com escassa experiência em Educação e com equipes técnicas ainda não definidas.

Há dois meses, nossa equipe examina documentos da Secretaria da Educação, da Casa Civil do Estado de Goiás e da Receita Federal. Também entrevistou - ou tentou entrevistar - os principais atores do processo. Em 15 e 16 de fevereiro, visitamos as sedes de nove das 10 organizações que participam da disputa. Esta é a situação:

Empresas recém-criadas, pouca experiência em educação e equipes desconhecidas


Inove

Site: Não tem
Data de fundação: setembro de 2015
Atuação (conforme o registro no CNPJ): De administração de fundos à atividade de zoológico. Predominam menções de atividades na área da saúde.
O que encontramos no local A sede fica numa casa na periferia da cidade de Trindade, a 30 km de Goiânia. Um banner improvisado indica que a OS funciona no imóvel. Em 15 de fevereiro, fomos recebidos por uma mulher que se identificou como Juliana. Trajando bermuda e chinelos, ela lavava um Fiat Uno em frente à garagem da casa. Indagada sobre a atividade da empresa, Juliana afirmou ser "tipo uma OS" que futuramente pode assumir a administração de escolas. "A gente só colocou aqui porque não sabia direito se ia dar certo", disse. Completou que logo estariam de mudança para uma sala comercial. Ao ser questionada se trabalhava na Inove, ela disse que não podia dar mais informações.
O que disse o representante Daniel da Rocha Couto, que se apresentou como advogado da Inove, informou que o presidente da empresa, Relton Jeronimo Cabral, se manifestaria depois da abertura dos envelopes, no dia 15. O advogado não atendeu NOVA ESCOLA depois dessa data.
Experiência em Educação: Não informada.
Experiência da equipe: Não informada.






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