Valdivino Chaves quer mais discussão na base aliada para a formação da chapa majoritária
Ao
afirmar ser “do passado”, ex-prefeito destaca a importância da
experiência na política
Valdivino Chaves discursando em reunião da base. |
Valdivino
Chaves Guimarães (PSD), do alto dos seus quase 75 anos de vida, bem
vividos, diga-se, e 50 de intensa atuação política e
administrativa na “Capital da Fé”, afirmou em discurso
recentemente: - "Sou um homem do passado mas não estou no
passado". Faz tempo que as principais decisões
político-partidárias, sobretudo nas campanhas eleitorais, têm na
atuação de Chaves um dos protagonistas mais experientes em
atividade.
A frase de efeito de Valdivino Chaves, três vezes prefeito de Trindade e aposentado após ter ocupado o cargo de presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), foi proferida na reunião dos partidos da base aliada do prefeito Jânio Darrot (PSDB), na noite desta segunda-feira (22).
No seu pronunciamento, Chaves defendeu também que a escolha do nome do vice na chapa a ser encabeçada por Jânio, que tentará a reeleição no pleito de 2 de outubro deste ano, seja feita por meio de amplo debate entre os partidos da base aliada. Aqui neste blog, a propósito, já destacamos esse posicionamento de líderes das agremiações que dão sustentação política à administração comandada pelo empresário e político Jânio Darrot.
Claro que a discussão é salutar mas, caso o prefeito Jânio venha a aceitar a sugestão do antecessor Valdivino, o negócio não será tão simples assim para ser colocado em prática, considerando que algo como 14 (PCdoB, PEN, PPS, PSB, PTN, PTB, PSC, PSD, PPL, PV, PROS, PSDB, PTdoB e SD) partidos estão na base do prefeito Darrot. Coordenar uma discussão com tanta gente interessada na mesma coisa, a vaga de vice na chapa do prefeito tucano, eis um desafio consideravelmente intrincado.
Outro
aspecto, digamos um tanto complicador para a implementação da
sugestão de Valdivino, é que Jânio
Darrot, segundo um político local acostumado a se reunir com o atual
chefe do Executivo trindadense, "o Jânio ouve a gente mas não
escuta". Se esta definição estiver correta, é bem provável
que Jânio Darrot até deve ter ouvido o que Valdivino disse mas
talvez não o tenha escutado. É possível, né?
De qualquer forma, Valdivino chaves está valorizando o apoio do seu partido ao projeto de reeleição do prefeito tucano Jânio Darrot. Posicionando assim, líderes dos partidos da base querem ter uma dose maior de protagonismo nessa história toda. Ficar apenas batendo palmas para as decisões do chefe parece não ser lá do agrado de todo mundo não.
Forçar
um pouco mais para que haja ao menos uma negociação na formação
da chapa majoritária faz parte do jogo, mas, na prática, isso deve
pesar pouca coisa na definição em si. Os partidos políticos no
Brasil são frágeis toda vida. As cúpulas é que decidem e pronto.
O PSD, por exemplo, figura na base aliada do governador Marconi
Perillo e, em Trindade, dá sustentação ao prefeito Jânio Darrot,
inclusive com secretário municipal, Onival Corrêa de Azevedo
(Habitação). Logo, o que faria a legenda no município no caso da
sugestão do presidente Valdivino vir a ser ignorada? Certamente
haveria um mal estar que, no entanto, não levaria a um rompimento
definitivo, acredito.
Resumindo
a coisa toda, a sabedoria popular ensina que “contra a força na há
resistência”. E ao menos até 2 de outubro deste ano, a força
estará com Jânio Darrot. Mas no mundo paralelo dos políticos, vale
a pena salientar, tudo é possível e Valdivino Chaves, digamos, “tem
um passado de lutas com derrotas e vitórias” quando o assunto é
política. Geralmente esse pessoal não costuma “dar ponto sem nó”.
Aguardemos, pois, o desenrolar dos acontecimentos.
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