E o “novo cangaço” continua barbarizando os goianos

Enquanto bandidos usam armas pesadas, policiais têm pistolas e revólveres...



Leio na edição de hoje (15.3.2016) do jornal O Popular, na série de reportagens #GoiásSemPaz, matéria sobre a fragilidade do aparato de segurança pública nas pequenas cidades do interior do estado, intitulada “Cangaço deixa polícia acuada”.

A repórter Rosa Melo nos conta que Mara Rosa, município do Norte de Goiás, a 365 quilômetros de Goiânia, com uma população de 10.649 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi palco de terror, no último domingo (13) à noite, provocado por 12 homens fortemente armados que atacaram uma agência bancária da cidade e até fizeram reféns.

No momento em que os bandidos barbarizavam os mara-rosenses, havia apenas metade do efetivo policial da cidade, isto é, 2 policiais, trabalhavam no plantão daquela noite dominical. A bandidagem agora segue, em terras goianas, uma espécie de roteiro apelidado de “novo cangaço”, conforme já assistido em outras localidades como São Miguel do Araguaia e Alto Horizonte. Nesses assaltos os bandidos têm usado armas pesadíssimas, fuzis, por exemplo, enquanto que os policiais vão para o confronto, em defesa da sociedade, de pistolas em punho. Que briga boa, né?

Faz tempo que o aparato policial dos estados brasileiros encontra-se em grande desvantagem, em relação ao armamento utilizado pelos bandidos. Isso a gente vê no noticiário policial cotidianamente, com destaque e espalhafato em alguns programas das redes de televisivas nacionais. Já está na hora dos governos cuidarem melhor das condições de trabalho dos policiais que estão acuadas diante do poderio de fogo dos meliantes cada vez mais organizados, treinados e armados com o que há de mais letal no mercado. Eu acho, né?


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