Pesquisa aponta que 81% dos goianienses não se interessam por política

Eleitorado da Capital goiana está decepcionado, desconfiado e aborrecido com a política e os políticos



E a repórter Flaviane Barbosa, no jornal O Hoje, edição desta terça-feira (1), nos conta que a Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou pesquisa entre 1,2 mil goianienses, descobrindo com isso que 81% dos eleitores da Capital goiana “têm pouco ou nenhum interesse por política”. Foram ouvidas pessoas com idades de 18 anos acima. O levantamento foi feito entre os dias 14 de novembro de 2015 e 17 de janeiro deste ano.

A reportagem destaca ainda que, para 72% dos entrevistados, todos os partidos são iguais. Os pesquisados declararam que se sentem decepcionados, desconfiados e aborrecidos quando o assunto é política. No universo de eleitores ouvidos pelos pesquisadores, para que haja maior interesse por política será preciso acontecer melhorias. E o eleitorado, como expectativa, aponta a liberdade de criticar o governo e menor diferença de renda entre ricos e pobres.

Bem, pelo que os políticos têm feito ultimamente o resultado não poderia ser diferente do que essa descrença toda da população quanto à política e seus agentes. Pior de tudo é que não se percebe sinais claros de disposição de mudar a forma de se conduzir na política, inclusive em se tratando de gente nova. Incrível como os caras já entram na política dando toda pinta de que estão ali a serviço de interesses próprios ou de grupos bem específicos. Assim fica difícil de reverter a péssima imagem atual dos políticos junto à população.

No caso tratado na matéria em referência foram ouvidos os goianienses, mas será que os habitantes de outros municípios goianos, sobretudo o eleitorado, pensa diferente do pessoal da Capital a respeito da política e dos políticos? Imagino que há uma forte convergência de opiniões. É claro que os eleitores podem se tornar mais exigentes quanto aos candidatos e mais críticos em relação ao trabalhos que “suas excelências” fazem no exercício dos mandatos. Agora, isso é custoso e demanda disposição e vontade de participar mais ativamente da política e isso é justamente o que os eleitores demonstram que não estão a fim.

Para encerrar, uma pergunta. Será a mudança virá do céu? Acho que não. Do alto do firmamento cai chuva, mas transformações políticas ocorrem com a ação dos homens e mulheres mesmo. Até lá, as perspectivas devem continuar assim desanimadoras toda vida. Mas é sempre bom lembrar que alguém já disse... “Os que não gostam ou não se interessam por política são governados pelos que gostam”. Pois é, pois é, pois é!


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