Sob arrocho fiscal servidor público pode até gritar: “Excelência, tire a mão do meu bolso!”

De novo em cartaz o arrocho salarial, com aumento de desconto previdenciário e redução de incentivos fiscais


E Jarbas Rodrigues Jr., titular da coluna Giro (O Popular), nos conta na edição de hoje, algo que não se trata mesmo de nenhuma novidade ao noticiar a adoção de restrições orçamentárias recomendadas pelos caras lá do Ministério da Fazenda, sob o governo Dilma Rousseff (PT). Afinal, quem sempre paga o pato em todo e qualquer ajuste de contas no setor público deste Brasil de meu Deus, nas três esferas de poder, federal, estaduais e municipais? Os servidores, ora essa. É uma gracinha as medidas para o funcionalismo. Além daquele rosário de ruindades cujo alvo é, na prática, reduzir salários para sobrar dinheiro e o governo pagar as outras contas, principalmente os escorchantes juros da dívida pública aos bancos, fala-se na elevação da alíquota previdenciária cobrado aos funcionários. Bonito, né? Salários corroídos pela inflação permanecerão sem reajuste, enquanto encarecem a contribuição previdenciária. Divino Pai Eterno! Veja aí a íntegra da notinha em vermelho:

Servidores e incentivos serão os principais alvos do arrocho fiscal


As exigências do governo federal para alongar as dívidas dos Estados provocarão arrocho nas despesas com a folha salarial dos servidores, reduzirão os incentivos fiscais em vigência e vão restringir a concessão de novos benefícios por 24 meses. O projeto, a ser votado pelo Congresso, praticamente congela salários e engessa novas nomeações de servidores, incluindo realização de concursos. Reajustes ou promoções ficarão condicionados ao teto de 70% da receita líquida do Estado. A alíquota de contribuição previdenciária descontada nos salários dos servidores também será reajustada para até 14%, de forma gradual. As empresas que já recebem incentivos fiscais terão de devolver 10% dos benefícios gozados, algo que o governo de Goiás implantou no final do ano passado, mas prometeu suspender no final deste mês depois de pressão do setor empresarial. A estimativa do Estado é que o projeto de alongamento das dívidas resultará em R$ 700 milhões extras no seu caixa apenas neste ano.


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