Um olhar sobre os trabalhos dos vereadores trindadenses em tempo de troca-troca partidário

Muitas mudanças de partidos e uma sessão pacata toda vida nesta noite

A Câmara Municipal de Trindade se reúne ordinariamente sempre às terças-feiras, quando as sessões se iniciam às 19:30h. Foi o caso de hoje. Por isso resolvi dar uma espiada, in loco, nos trabalhos da edilidade trindadense que produziu um encontro chué toda vida. Coisa muito burocrática, com aquela enfadonha e pouco produtiva aprovação de requerimentos dos vereadores.

A propósito, devido ao rompimento do PMDB nacional com o governo federal comandado pela presidente Dilma Rousseff (PT), imaginava que haveria alguma repercussão mais forte por ali, mas qual o quê, pouca importância foi dada ao episódio seriíssimo da política brasileira. Lá pelo finalzinho da sessão ordinária, o vereador Luiz Roberto Margarida de Carvalho (PMDB) criticou a decisão do seu partido em abandonar a base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), bem como a consequente entrega de cargos de ministros e inúmeros outros. “A gente foi pra rua e ajudou a colocar a presidente Dilma lá”, afirmou o vereador. Para Luiz Margarida, a decisão da cúpula peemedebista “foi um tiro no pé”.

Depois de encerrados os trabalhos, quando a maioria dos presentes estava deixando o plenário Hilton Monteiro da Rocha, o vereador Ucleide de Castro (Ferruja), que integrava o PMDB da “Capital da Fé” até agora a pouco, mas pretende continuar avaliando a possibilidade de vir a ingressar no PSDB, por exemplo, afirmou que a saída do PMDB nacional da base do governo da presidente Dilma Rousseff “é a maior covardia que já viu na política”.

Troca-troca

Vereadora Maria de Lourdes deixou o PSD, mas ainda não bateu o martelo quanto ao seu destino, o novo partido. Dizem que o PP pode ser a opção da vereadora. Ela negacea afirmando ter tempo para pensar ainda.

Ucleide de Castro (Ferruja) conta que deixou o PMDB, porém não confirma que o destino é mesmo o PSDB, embora isso seja considerada “fava contada” no ninho tucano trindadense. O vereador Hélio Braz confirmou ter deixado o PPL e retornado ao PSDB onde sempre esteve o vereador Leobino Oliveira.

Já o vereador Erik Cotrim saiu do PROS e já está no PMDB trindadense comandado pelos irmãos Nélio e Ricardo Fortunato.

Por sua vez, o vereador Rildo Ferreira, que estava no PMDB, afirmou que já deixou a legenda e é esperado nos hostes pedetistas, sob o comando da deputada federal e prefeitável, Flávia Morais, o que seria um reforço para a bancada hoje formada por Roni Ferreira e Rafael Gratão.

O presidente da Câmara Municipal de Trindade, vereador Agnelson Alves, disse que continuará mesmo no PV, mas revela disposição de seguir orientação do prefeito Jânio Darrot (PSDB).

A vereadora Tia Aninha deixou o PTB (ela é suplente e estava exercendo o mandato em lugar do titular Felinho que assumiu a Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer, mas retomará o mandato) e seguirá com o ex-petista Ricardo Marques para os quadros do Solidariedade, onde já se encontra o vereador Dyego Marques.

O vereador Leofonso Teixeira, secretário municipal de Esportes, Cultura e Lazer, deverá retornar à Câmara, já na sessão do dia 5 de abril. Felinho, como é conhecido, deixou o PTB e retornou ao PP.

Bem, ocorre que o prazo para que os políticos possam trocar de partidos sem perder os respectivos mandatos, terminará no dia 2 deste mês, ou seja, no sábado. Até lá, alguém aí pode muito bem mudar seus planos, pois política é um negócio muito doido, bastante suscetível a mudanças no cenário a todo momento.

Ação encerrada

Vale ainda destacar que o vereador Luiz Margarida está comemorando o encerramento do processo, que estava em última instância, cuja decisão definitiva agora lhe garante tranquilidade no exercício do atual mandato na Câmara Municipal de Trindade. Isso tem a ver com aquele vai e volta do ex-vereador Alexandre Ribeiro (Compleite), pois a questão encontra-se agora transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) e não cabe mais recurso.